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Autônomo, Neto vira interlocutor da economia (por João Bosco Rabello)

As preocupações do Banco Central com projetos aprovados – e os que estão para ser aprovados –, no Congresso Nacional

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
O economista Roberto de Oliveira Campos Neto, indicado pela presidência da República para o cargo de presidente do Banco Central, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado
1 de 1 O economista Roberto de Oliveira Campos Neto, indicado pela presidência da República para o cargo de presidente do Banco Central, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com a autonomia formal dada à instituição, e a sangria na credibilidade do ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem assumido a interlocução com os meios empresarial e político, na esteira das preocupações econômicas que afligem o país.

Em jantar com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo, na terça-feira (23/11), Campos Neto reforçou as preocupações do Banco Central com projetos aprovados – e os que estão para ser aprovados –, no Congresso Nacional, com efeito adverso sobre as contas públicas.

Como tem sido rotina, Campos Neto circulou entre os parlamentares e empresários com desenvoltura e grande dose de paciência, discorrendo sobre diversos temas. No centro de tudo, a defesa veemente da responsabilidade fiscal.

Neto rejeita o enredo que o coloca nessa condição de interlocutor prioritário na economia, mas é visível que ocupa um vácuo de liderança que o engajamento na reeleição tirou do ministro formal da Economia. Por gravidade, a confiança perdida por um migrou para o outro. Informalmente, a recente autonomia da autoridade monetária o vestiu com esse figurino.

Não só no jantar oferecido pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo, mas constantemente, Neto fala da economia real e tem manifestado preocupação com a deterioração da situação fiscal do Brasil, e a cita como o principal fator de risco para a economia. Aos parlamentares diagnosticou que os dados macroeconômicos estão ruins e previu uma piora, caso prossiga a expansão de gastos.

Na prática, a capacidade de o Brasil apresentar-se como um país solvente aos agentes econômicos nacionais e internacionais é diretamente ligada às contas públicas. Quando isso fica em risco, há aumento de inflação, os juros ficam elevados e fica mais caro para que o Tesouro Nacional capte recursos no mercado.

 

João Bosco Rabello escreve no Capital Político. Ele é jornalista há 40 anos, iniciou sua carreira no extinto Diário de Notícias (RJ), em 1974. Em 1977, transferiu-se para Brasília. Entre 1984 e 1988, foi repórter e coordenador de Política de O Globo, e, em 1989, repórter especial do Jornal do Brasil. Participou de coberturas históricas, como a eleição e morte de Tancredo Neves e a Assembleia Nacional Constituinte. De 1990 a 2013 dirigiu a sucursal de O Estado de S. Paulo, em Brasília. Recentemente, foi assessor especial de comunicação nos ministérios da Defesa e da Segurança Pública

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