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A fumaça, os rios, os lagos e a ciência (por Roberto Caminha Filho)

Tá bom que as fumaças são criminosas! mas quem bebeu as águas dos rios, lagos e igarapés, em pouco mais de um mês?

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sistema de combate de focos de incêndios na amazonia bombeiros sobrevoam áreas de queimadas próximo a Porto Velho em Rondonia
1 de 1 sistema de combate de focos de incêndios na amazonia bombeiros sobrevoam áreas de queimadas próximo a Porto Velho em Rondonia - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Eu gostaria de facilitar as coisas para todos nós, achando que um feliz maconheiro, deixou escapar um “bagulhinho” no mato, e o Curupira, ainda descuidado, em conluio com o Greenpeace, não tomaram conta dos galhos e folhas como deveriam, e tudo virou fumaça, intoxicando aqueles que não gostam de um produto da floresta.

Resolvemos perguntar ao Dr. Google e ao Chat GPT, os dois mais renomados e baratos assistentes que eu consegui contratar, para isolar a burrice que me castigava, e eles responderam no mesmo patamar:

“A Amazônia é conhecida por ter uma alta incidência de raios, com algumas estimativas sugerindo que a região pode experimentar milhares de raios em um único dia. Que coisa espantosa, essa resposta dos meus assistentes! Todos à mesa do dominó, sentimos que a evolução passou por nós e nos beijou. De repente, o nosso Gorila achando-se à altura do Dr. Google e do Mestre GPT, gritou: até que enfim sei de uma coisa há mais tempo que o Dr. Google! Os raios não contribuem com as queimadas?

Comemoramos com um açaí duplo e passamos a nos considerar cientistas do GreenPeace, WWF, BrazilFundation, ICMBio, Fundo Amazônia, One Tree Planted e do SOS Amazônia, que tem a sua vida ligada ao hiper cientista, físico, químico, naturalista, Einstein dos microbianos vermelhos e verdes, o cerebral PhD Chico Mendes.

Somando a estas, existem mais algumas centenas de ONGs por quilômetro quadrado na nossa Amazônia, todas dizendo que as fumaças são atividades criminosas e nenhuma delas é oriunda de raios que caíram em árvores e mato ressecado. A este crime, os bares das cidades ribeirinhas, repletos de brasileiros querendo aprender de Amazônia, com os “amazonólogos” do momento, perguntam, com a voz um pouco trêmula, de emoções geladas, ingeridas para o calor:

Tá bom que as fumaças são criminosas! Mas quem bebeu as águas dos rios, lagos e igarapés, em pouco mais de um mês?

Os nossos irmãos amazônidas estudam, desde o Jardim da Infância, que o oxigênio vem das diatomáceas marinhas, algas existentes no sul do Oceano Pacífico, e que a Amazônia, por ser uma floresta velha, tudo que produz de oxigênio pela manhã, consome à noite. É bom reconsiderar esse teorema e colocá-lo para a comunidade acadêmica do mundo, como uma tese para estudos, de todas as nações, ou vamos ter problemas muito graves em um pequeno intervalo de tempo. O bom mesmo seria acabar com essa história de que isso é o El Niño, aquilo é La Niña e tudo é culpa do casal e também do Lula e do Bolsonaro.

Os institutos daqui, como o INPA, o Goeldi e outros competentes estudiosos, deveriam chamar a comunidade mundial e colocá-los nas diversas regiões e rios, com máquinas e computadores, com dedicação extrema e acharem, juntos, outro nome e como usar essa praga que se abateu sobre a nossa Amazônia.

Nunca sentimos um calor tão desmoralizante, capaz de prostrar milhares de pessoas em seus lares, dentro de quartos com ar-condicionado, sempre no máximo, até queimá-los. Nunca sentimos uma temperatura tão alta e por um prolongado número de dias sem chuvas.

É hora de estudar e pesquisar. Que venha Harvard, Princeton, Stanford, Yale, Cambridge, Oxford, Ben-Gurion, Haifa e quem se dispuser a enfrentar esse problema, que deixou de ser só nosso e passou a ser mundial.

 

Roberto Caminha Filho, economista, não aceita a culpa do Niño, da Niña, do Lula e do Bolsonaro, para os fenômenos do clima.

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