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A COP-28 após 10 anos (por Eduardo Fernandez Silva)

Nos dois anos após a COP-26 multiplicaram-se enchentes, secas, furacões, temperaturas tórridas nos polos e congelantes no Sertão.

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Munícipio de Boca do Acre atingido por enchentes
1 de 1 Munícipio de Boca do Acre atingido por enchentes - Foto: Divulgação

A COP-26, em 2021, teve resultados muito aquém do necessário para que nossos filhos e netos venham a sofrer menos com os desastres ambientais inevitáveis, salvo  mudanças profundas. Importante passo inicial foi dado ao aproximar a questão ambiental das negociações comerciais globais. Mas foi a COP-28, em 2023, que ajudou a mudar o mundo!

Nos dois anos após a COP-26 multiplicaram-se enchentes, secas, furacões, temperaturas tórridas nos polos e congelantes no Sertão. Os intensos sofrimentos mobilizaram multidões nos quatro cantos da Terra e levaram governantes de países e corporações a abandonarem o apoio ao complexo “industrial-militar-consumista”. A Índia, que logo após a COP-26 teve que fechar escolas em razão da má qualidade do ar, deixou de defender o carvão. Ações em prol da recuperação humana e ambiental passaram a predominar!

Os dolorosos eventos extremos e as grandes mobilizações populares levaram a COP-28 a banir a queima de combustíveis fósseis até 2030! Começou então a 2a Grande Transformação, ainda maior que aquela ocorrida a partir de 1750 e que deu origem às estruturas políticas e econômicas da era finda com a COP-28.

Com a decisão, a população rejubilou-se. Os mais jovens, com esperanças renovadas, festejaram! As bolsas derreteram; ações de petrolíferas micaram, bancos faliram e Petropaíses entraram em crises profundas.

A instabilidade decorrente, porém, foi superada pelos novos investimentos em sustentabilidade e em oportunidades de substituir os fósseis. Grandes avanços em tecnologias de armazenamento de energia se transformaram em milhões de novos empreendimentos e ainda mais empregos. As bolsas subiram. A redução de gastos com o complexo “industrial-militar-consumista” liberou trilhões de dólares que, investidos em recuperação humana, permitiram a todos viver com segurança e dignidade!

A marinha mercante de longo curso encolheu. Cresceram a produção e consumo locais.

Aqueles que tentaram contornar a proibição de queimar fósseis para manter o estilo de vida de alguns dos vivos foram obrigados a se ajustar. Os mecanismos de punição e incentivos acordados na COP-28 foram mais eficazes que as ações da marinha inglesa, no século XIX, contra o tráfico!

A antiga ideia de um imposto genérico sobre o carbono evoluiu para um imposto sobre a “emissão individual”, possibilitado por avançadas técnicas computacionais. Com isso, o ônus ficou sobre aqueles que viajavam em jatos particulares ou primeira classe. O transporte aéreo murchou. A troca virtual de informações entre habitantes de diferentes locais expandiu-se, o que os aproximou e fortaleceu a paz.

Outra mudança da COP-28 foi fundir numa única as discussões sobre degradação humana e ambiental. Assim, novos caminhos ficaram claros, possibilitando o início de uma nova era, descarbonizada, humanizada e auspiciosa.

Que assim seja!

 

Eduardo Fernandez Silva. Mestre em Economia; ex-Diretor da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados

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