Depois de 37 dias de mobilização nas redes sociais e queixa na direção da Câmara, a deputada Dandara Tonantzin (PT-MG) conseguiu, enfim, receber as chaves do apartamento funcional que já deveria estar com ela desde o início da legislatura.

Na foto acima, a deputada aparece com o termo de posse do imóvel.

Dandara preenche desde o início da distribuição desses imóveis os pré-requisitos para ter esse direito, mas uma ação entre parlamentares do Amapá retardaram o seu acesso ao apartamento, onde vai morar. Mulheres, idosos e pessoas com deficiência têm prioridade.

O que aconteceu é que o imóvel vinha sendo ocupado  pelo deputado Augusto Pupio (MDB-AP), que o recebeu diretamente da conterrânea e agora ex-deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP).

Apesar de estar em posse do termo de ocupação desde 31 de janeiro, somente ontem a parlamentar mineira  recebeu as chaves da Quarta-Secretaria da Câmara.

“É lamentável e desrespeitoso que esse fato tenha ocorrido. Esses apartamentos funcionais são patrimônio público e pertencem ao povo brasileiro. Somos apenas ocupantes. É nosso dever ocupar e zelar por esse espaço. Como deputada mulher, em primeira legislatura, cumpri todos os requisitos que dão prioridade na lista de espera de ocupação dos apartamentos funcionais. Finalmente poderei garantir esse direito” – disse Dandara, que ainda teve que esperar por obras de recuperação do apartamento.

Marcivânia, no início dessa discussão, se manifestou e afirmou existir uma “cultura que muitas vezes leve os deputados a acertarem informalmente a transmissão de imóveis funcionais entre si”. Ela afirmou que não foi informada pela Quarta Secretaria da Câmara que o imóvel seria destinado a Dandara. E disse também que recebeu o deputado Pupio como hóspede, antes de desocupá-lo, porque o pai do parlamentar precisava de tratamento médico.

Pupio tem evitado comentar o assunto.