Após caso do “assédio”, PL e PT indicam nomes para o Conselho de Ética
Esquerda e bolsonaristas irão rivalizar quando o colegiado for instalado
atualizado
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Um dia após o episódio no qual um deputado da base do governo, Márcio Jerry (PCdoB-MA), é acusado de importunação sexual pela oposição, petistas e bolsonaristas se reforçam no Conselho de Ética, onde o caso deverá parar.
Ontem, PT e PL indicaram seus nomes para esse colegiado, que julga parlamentares acusados da quebra de decoro. O PL, com quatro deputados, será o partido com maior número de titulares. O PT indicou três.
O PL escolheu para compor o Conselho de Ética os deputados Delegado Ramagem (RJ) – ex-chefe da Abin no governo Bolsonaro -, Marcos Pollon (MS) – principal representante dos CACs na Câmara -, Domingos Sávio (MG), um ex-tucano, e Luciano Vieira (RJ).
O PT optou por três deputados inexperientes: Ana Paula Lima (SC), Jack Rocha (ES) e Washington Quaquá (RJ).
O caso de Jerry ganhou repercussão. O deputado apareceu em imagens, durante uma discussão com bolsonaristas, reagindo a uma ação de Julia Zanatta (PL-SC) com o rosto colado por trás na parlamentar, o que foi alvo de críticas, apontando que ele a teria assediado. O parlamentar negou e acusou Zanatta de produzir fake news.
O caso preocupa a esquerda, em especial do PCdoB, partido de sustentação do governo. A parlamentar de Santa Catarina também deverá ser alvo no conselho por ter postado imagem recente com uma arma, num clube de tiro, e na sua camiseta uma mão com quatro dedos, sugerindo se tratar de Lula, com perfurações.
O Conselho de Ética ainda será instalado e, antes, irá decidir em eleição quem será o seu presidente.