Antes forte, PSDB se prepara para pior cenário possível em São Paulo
Partido deve perder metade dos seus vereadores durante janela partidária e vê candidatos fracos para o pleito paulistano
atualizado
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A crise no PSDB em São Paulo parece não ter fim. Depois de mais uma indefinição no diretório estadual, o partido agora trabalha com o pior cenário possível na eleição de 2024 na capital paulista. Internamente, os tucanos veem a possibilidade de eleger somente um terço da atual bancada, atualmente a maior da Câmara Municipal de São Paulo, com 8 vereadores (ao lado do PT).
A previsão pessimista está embasada em dois fatores: o partido deve perder metade de seus vereadores já no início da janela partidária, em 7 de março; e não tem candidatos fortes para puxar voto para a Câmara Municipal.
São quatro vereadores que planejam trocar de partido já na janela partidária: João Jorge, Fabio Riva, Sandra Santana e Aurélio Nomura. Devem partir para o MDB, do ainda prefeito Ricardo Nunes, União Brasil, de Milton Leite, ou o PSD, de Gilberto Kassab. O levantamento foi realizado pelo jornal O Globo.
Já na eleição deste ano, o partido não tem nenhum candidato forte, conforme as avaliações internas. Uma das alternativas pensadas é tentar conquistar o ex-vereador Andrea Matarazzo (PSD) de volta à sigla e usá-lo como puxador de votos.
A derrocada dos tucanos é visível na falta de candidato à prefeitura de São Paulo. O grupo que defende um nome próprio avalia o ex-governador Rodrigo Garcia como um bom candidato. O tucano, no entanto, não planeja se lançar neste ano.
Como a repórter Juliana Arreguy mostrou em outubro do ano passado, a legenda também perdeu 10 mil filiados em um ano.
No domingo (25/02), a convenção do PSDB estadual terminou sem consenso sobre quem comandará a sigla no Estado nos próximos dois anos. Hoje, o nome mais consolidado é o de Marco Vinholi, ex-secretário de Desenvolvimento Social.