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Americanas admitem fraude e voltam a culpar antiga diretoria

Maior implicado é o ex-CEO Miguel Gutierrez; ele está na Espanha e faltou a depoimento; empresário pedirá para ser ouvido sob sigilo

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Homem passa por fachada da loja Americanas em brasília - Metrópoles
1 de 1 Homem passa por fachada da loja Americanas em brasília - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Americanas afirmou nesta quarta-feira (02/08) que as oitivas de ontem (01/08) na CPI que investiga o rombo da empresa “corroboram evidências de fraude de gestão cometida pela antiga diretoria”. O grupo acusa, novamente, os ex-diretores de apresentar dados adulterados de seus resultados financeiros a bancos e auditorias.

Em junho, o atual CEO da Americanas Leonardo Pereira disse que houve intenção da administração da empresa de ocultar a real situação financeira, aumentando artificialmente o lucro. O rombo pode chegar a até R$ 50 bilhões.

O principal “culpado”, segundo a atual diretoria, é o ex-CEO Miguel Gutierrez. O depoimento do empresário era esperado ontem, mas sua defesa apresentou um atestado médico, dizendo que ele passa por uma crise renal.

Gutierrez, que é cidadão espanhol, estava na França até o último fim de semana e viajou para a Espanha na segunda-feira (31/07), para tratar da suposta crise renal. Interlocutores da atual diretoria dizem que o empresário nem deve voltar ao Brasil.

O ex-CEO fará um novo pedido à CPI para ser ouvido sob sigilo, sem espectadores ou transmissão da TV Câmara. Ele já havia conseguido um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal para se manter em silêncio durante o depoimento.

Leia a íntegra da nota divulgada pela Americanas:

“Diante das oitivas na CPI Comissão Parlamentar de Inquérito, nesta quarta-feira (1º), a Americanas entende que os depoimentos das auditorias corroboraram evidências de fraude de gestão cometida pela antiga diretoria da companhia.

“As informações prestadas na sessão desta terça demonstram que as auditorias não classificaram deficiências como significativas e que não encontraram distorções relevantes nos números auditados. A empresa reitera as informações e documentos apresentados à CPI em 13 de junho de 2023, com indícios de que ex-executivos fraudaram resultados financeiros e enviaram dados adulterados a bancos e auditorias.

“A Companhia reafirma que o relatório apresentado à CPI, preparado pelos advogados da Companhia, que inclui documentos recebidos do Comitê Independente de Investigação, é preliminar e foi entregue às autoridades competentes, que realizam suas próprias investigações.”

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