Além do Porto de Santos, Republicanos quis ministério por outro motivo
Ministro Silvio Costa Filho poderá nomear 13 novos conselheiros na Infraero
atualizado
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O Republicanos teve dois grandes motivos para insistir no Ministério dos Portos e Aeroportos, cedido na última quarta-feira (06/09) a Silvio Costa Filho. O primeiro deles é a óbvia investida pela privatização do Porto de Santos. O outro é o comando da Infraero, empresa controladora dos aeroportos brasileiros.
Agora ministro, Costa Filho poderá indicar 13 conselheiros para a equipe que monitora os aeroportos cedidos à iniciativa privada. As vagas são divididas entre os conselhos administrativos e fiscais dos seguintes aeroportos:
- duas no aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília;
- duas no aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas;
- quatro no aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte e;
- cinco vagas no aeroporto internacional de Guarulhos.
Os salários são negociados por jetom, que é uma remuneração por participação em reuniões do conselho. Os valores podem chegar até a R$ 15 mil por encontro.
O ex-ministro Márcio França já havia nomeado oito conselheiros nos aeroportos, conforme noticiou a Folha de S.Paulo. Todos são ligados ao PSB e vão ficar por dois anos nos cargos. O presidente Lula (PT) também pode encurtar os mandatos, mas não deve fazer isso.
Mesmo com o controle de Portos e Aeroportos, Costa Filho terá dificuldade em privatizar os seus ativos. Não é o desejo de Lula a privatização do terminal de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, por exemplo, nem de mais pistas em São Paulo. Mas a situação do Porto de Santos é diferente.
No litoral paulista, o desejo do governador carioca Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) é conseguir nomear o próximo presidente Autoridade Portuária de Santos e facilitar o processo de privatização do Porto.
Tarcísio e Costa Filho também estão de olho no dinheiro do Novo PAC para a obra do túnel Guarujá-Santos. O presidente Lula ainda não se decidiu, mas deve remanejar a gestão do dinheiro para a Casa Civil, de Rui Costa.