Além de ministérios, União quer apoio do governo na sucessão de Lira
Líderes já articulam pela presidência da Câmara e querem votos do PT, que não deve lançar candidato
atualizado
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O deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA) é considerado nas casas de apostas de Brasília como o principal candidato para substituir Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara. O partido dele já começou uma campanha informal na casa, tentando conquistar apoio antecipado, sobretudo do governo.
Com três vagas na Esplanada dos Ministérios, o União Brasil quer agora mostrar mais proatividade para com o governo Lula. A boa vontade terá que ser colocada a mostra no segundo semestre, já que a sigla foi uma das mais infiéis em votações importantes na Câmara.
Para dirigentes do União Brasil, “entrar na base” do governo será mais fácil agora com Celso Sabino como ministro do Turismo. Também avaliam que o movimento será mais natural que o do Republicanos, que segue irredutível em apoiar pautas de costumes.
Por isso, Elmar sai na frente de Marcos Pereira (Republicanos-SP), outro “herdeiro” natural para a vaga de Lira. O Republicanos tem mostrado mais boa vontade a Lula e votou quase que integralmente a favor nos projetos econômicos do primeiro semestre.
Há também um forte descontentamento, principalmente no Senado, de bolsonaristas populares como Damares Alves (DF) e Hamilton Mourão (RS). Os dois são contra o desembarque do Republicanos no governo. Em São Paulo, Tarcísio de Freitas também é contrário.
A bancada do governo tem 81 congressistas na Câmara (PT, PCdoB e PV) e pode desequilibrar a disputa, mas a tendência é que o bloco feche questão com o blocão (União, PP, PSDB, Cidadania, PDT, PSB, Avante, Solidariedade, Patriota), que tem 173 deputados. E esse grupo vai apoiar quem Lira decidir apoiar.