Além de afastamento e expulsão, Bivar pode ficar sem mandato
Grupo de Rueda quer representar ex-presidente do União Brasil no Conselho de Ética da Câmara
atualizado
Compartilhar notícia
A situação do presidente afastado do União Brasil, Luciano Bivar (PE) deve piorar muito nas próximas semanas. Além de ter sido destituído do cargo de chefão do partido, também é alvo de um processo de expulsão, além de ser parte de uma investigação do Supremo Tribunal Federal sobre supostas ameaças contra o presidente eleito da sigla, Antônio Rueda.
Agora, Bivar deve perder o seu cargo como primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e pode perder, também, o seu mandato como deputado federal por Pernambuco. O grupo de Antônio Rueda pretende representá-lo no Conselho de Ética da Câmara, argumentando que Bivar não tem mais condições de exercer o mandato pelo partido.
A crise no União Brasil envolve os R$ 517 milhões que o partido tem de fundo partidário em 2024. O controle do montante fez com que Bivar tentasse se manter na presidência da sigla, sendo que Rueda já foi eleito novo presidente, a assumir o cargo em 1º de junho.
O pernambucano tentou adiar a convenção coletiva do partido, marcada para 29 de fevereiro, mas acabou vencido. Antônio Rueda foi eleito presidente nacional do União Brasil, e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, como 1º vice-presidente da legenda. O senador Davi Alcolumbre (AP) ficou com o posto de secretário-geral.
Depois da eleição, Rueda apresentou uma representação criminal contra Bivar à Delegacia Especial de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Distrito Federal, pedindo que ele seja investigado por suposto crime de ameaça.
Bivar teria ameaçado de morte o presidente eleito do União Brasil. Como evidência, Rueda entregou à polícia um vídeo de cerca de 30 segundos com as supostas ameaças. Diante disso, Rueda deixou o país com a família.
Em 11 de março, a casa de praia dele e a da irmã, Maria Emilia de Rueda, que é tesoureira do União Brasil, foram alvo de um incêndio. Os imóveis ficavam na Praia do Toquinho, em Pernambuco.
Na semana passada, deputados, senadores, ministros e governadores do partido se reuniram na sede nacional do União Brasil para votar pela destituição de Luciano Bivar do cargo de presidente, além de sua expulsão do partido. O placar pelo prosseguimento do processo ficou com 17 votos favoráveis, nenhum contra e 15 abstenções. A decisão final será anunciada em até 60 dias.