Ainda não há consenso sobre meta fiscal da LDO
A uma semana do prazo final de entrega, governo ainda não definiu limite de gastos públicos
atualizado
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Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) ainda não chegaram a um meio-termo sobre a meta fiscal na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentarias) de 2025. Os dois têm uma semana e um dia para definir a meta antes do prazo final da entrega do texto ao Congresso, em 15 de abril.
Haddad pressiona para que o objetivo se mantenha em 0,5%. Já Simone Tebet acredita que o governo dificilmente atingirá a meta e tensiona para um número menor.
Os dois são ainda pressionados pelo presidente Lula (PT), que quer elevar os gastos públicos para melhorar sua popularidade, concomitantemente diante da realidade da inflação e queda da economia.
Haddad tenta convencer o mercado de que o governo tem equilíbrio nas contas e também traça como meta o déficit zero. O mercado, no entanto, acredita que o governo gastará mais e prevê o déficit de 0,7%, segundo o último Boletim Focus.
Na semana passada, o ministro da Fazenda pediu um “pacto” entre os poderes para conseguir cumprir a meta. Deu a declaração após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deu uma canetada e permitiu que a desoneração da folha de pagamento dos municípios voltasse a valer.
“Nós precisamos de um pacto nacional dos Três Poderes, uma harmonia, para a gente chegar aos objetivos pretendidos na área econômica. Não vai ser um ministério ou um poder da República que vai resolver a herança herdada do governo anterior de absoluto desequilíbrio federativo e desequilíbrio fiscal” – Fernando Haddad.