Agenda do PP terá foco econômico e não representará fidelidade a Lula
Além de um ministério, sigla vai montar série de restrições para apoiar governo
atualizado
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Uma reunião entre o presidente Lula (PT) e o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) na quinta-feira (20/07) deve selar a entrada do PP no governo. Até lá, a base do documento que a sigla prepara de uma “agenda central” já deve estar finalizada.
Quem está elaborando esse guia de “boas práticas” são os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Tereza Cristina (PP-MS). O documento será apresentado para a diretoria do Progressistas e será votado em assembleia. Depois destes trâmites, a sigla deve entrar no governo petista.
Segundo Ciro Nogueira, a agenda orientará uma visão econômica do PP em votações na Câmara e no Senado. Tudo o que for “benéfico ao sistema econômico”, terá o apoio da sigla. Pautas de costumes e temas sociais serão debatidos entre os líderes. O arranjo é parecido com o que o Republicanos planeja.
O ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) era um dos últimos congressistas a resistirem a Lula. Nogueira também condiciona o apoio do PP a um ministério forte. Quer o Desenvolvimento Social, de Wellington Dias, ou Portos e Aeroportos, de Márcio França.
A reunião de Lira e Lula é considerada fundamental para o ingresso do PP no governo. A minirreforma ministerial vem aí e, por enquanto, o que parece certo é apenas a troca de Ana Moser por Lucio Costa Filho (Republicanos-PE), nos Esportes.