A vez de Haddad em Brasília; querido de Lira a Lula
Ministro da Fazenda é muito bem avaliado pelo governo e tem fácil trânsito entre os congressistas
atualizado
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A moral mais alta da Esplanada dos Ministérios está com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Mesmo enlutado pelo falecimento da mãe, o ministro protagonizou na semana passada a negociação pelas aprovações da reforma tributária e do novo regime do Carf na Câmara. Haddad foi elogiado até por congressistas do PL, que destacaram que o ministro fez “o que Paulo Guedes não pôde fazer”.
Há algumas semanas, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) chegou a aventar a substituição de Rui Costa por Haddad na Casa Civil, justamente por esse melhor “trânsito” no Congresso. Lula não gostou da ideia, mas ainda não a descarta.
Haddad entra em campo nesta semana para uma nova rodada de negociações. Vai começar a apresentar o programa de renegociação de dívidas “Desenrola” aos deputados. O programa promete beneficiar brasileiros endividados e com renda mensal de até R$ 20 mil, mirando na classe média.
Também continuará as conversas sobre o Carf e a reforma tributária, dessa vez no Senado. Na sexta-feira (14/07), apresenta o Plano de Transição Ecológica ao presidente Lula (PT).
O perfil mais “liberal” do ministro da Fazenda sempre foi alvo de críticas de alas do PT. Em 2012, ao justificar a escolha de Haddad para a prefeitura de São Paulo, Lula disse que para concorrer tinha que “ter cara de tucano”. Essa tal feição ajudou a aprovação do arcabouço fiscal, que teve oposição do PT até o fim.
Uma pesquisa realizada pela Quaest na sexta-feira (07/07) também mostra que Haddad está popular na internet. Dentre 5,3 milhões de citações no Twitter, Facebook e Instagram, 78% das menções ao ministro foram positivas.