A frustração governista com o fim da CPMI do 8 de Janeiro
Grupo majoritário queria ouvir Bolsonaro, Zambelli e Braga Netto antes da apresentação do relatório
atualizado
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A CPMI do 8 de Janeiro vive seus últimos dias. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) deve apresentar o relatório de cerca de 1000 páginas em 17 de outubro e o mesmo deverá ser votado no dia seguinte. A relatora deve ler um resumo do texto, que deve implicar três nomes que não foram ouvidos pelo colegiado: Walter Braga Netto (PL), Carla Zambelli (PL-SP) e Jair Bolsonaro (PL).
A frustração dos governistas por não ouvir esses três personagens tem críticas ao presidente da comissão, o deputado Arthur Maia (União Brasil-BA). Segundo congressistas, a tática de acordo impediu que o colegiado trabalhasse com mais afinco. De 182 convocações, apenas 18 pessoas foram ouvidas. Algumas consideradas peixes pequenos.
As críticas a Arthur Maia também escorrem a Eliziane Gama, que, segundo governistas, não tem compartilhado o que constrói no relatório para indiciar Bolsonaro e seus aliados.
Mesmo sem ouvir o ex-presidente, Zambelli e Braga Netto, governistas acreditam que as informações coletadas pela CPMI já são suficientes para indiciar os três.
O que se sabe, apenas, é que os eventos de 8 de Janeiro serão considerados oficialmente como uma tentativa de golpe de Estado, compartilhando o mesmo entendimento do Supremo Tribunal Federal.
O presidente Arthur Maia já sinalizou que não permitirá um “pedido de vista”, com mais tempo de análise do relatório. Isso quer dizer que a CPMI realmente acabará em 18 de outubro.