Autoridades gregas começam a detalhar o que houve com um cargueiro militar ucraniano que caiu na noite de sábado (17/7). Segundo informações iniciais, os oito tripulantes morreram. Na aeronave havia 11 toneladas de armamento, como morteiros e explosivos.
O avião transportava equipamento militar e seguia da Sérvia para Bangladesh. A companhia aérea ucraniana Meridian assegura que “isto não está relacionado com a Ucrânia nem com a Rússia”.
O grande avião de carga transportava 11,5 toneladas de equipamento militar, segundo informou o ministro da Defesa da Sérvia, Nebojša Stefanović.
— Εγώ ο Απαισιότατος (@egwapaisiotatos) July 16, 2022
O equipamento tinha sido comprado pelo Ministério da Defesa de Bangladesh, para onde seguia o avião. Segundo informações de agências internacionais de notícias, antes mesmo de cair a aeronave já estava em chamas.
As autoridades gregas deram conta que existiam oito tripulantes a bordo, e um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia depois confirmou que todos eles eram cidadãos ucranianos.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Falha no motor
O piloto do avião, segundo informações de agências internacionais de notícias, tinha comunicado uma falha num motor e pedido autorização para uma aterrisagem de emergência, mas um incêndio num dos motores fez o avião despencar.
A agência de notícias France Presse (AFP) afirma que testemunhas disseram à televisão pública ERT ter visto o avião em chamas.
O mesmo canal televisivo alertou que o avião era “perigoso” e que a polícia recomendou aos jornalistas que se aproximaram do local para usarem máscaras, acrescenta a AFP.
Outra agência de notícias, a Associated Press, afirma que as autoridades da aviação civil grega afirmam que o fato de terem ocorrido explosões, deu origem a especulações de que o avião transportava explosivos. A proteção civil isolou a área do acidente.
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