No último domingo (18/4), 12 dos maiores clubes do mundo anunciaram oficialmente que iriam se retirar da Champions League e fundar uma competição própria, fechada, chamada Superliga Europeia
Em desaprovação praticamente unânime, torcedores, ex-jogadores, jornalistas, políticos e dirigentes das ligas europeias chamaram a iniciativa e seus promotores de “cínicos” e “gananciosos”, entre outras coisas
Na segunda-feira (19/4), Gianni Infantino, presidente da Fifa, e Aleksander Ceferin, presidente da Uefa, prometeram punições. Entre elas, de que os atletas desses times não poderiam mais participar de seleções nacionais
Ceferin não poupou críticas a Florentino Perez, presidente do Real Madrid, e Andrea Agnelli, presidente da Juventus, principais proponentes da Superliga, chamando-os de “cobras”. Vale ressaltar que Ceferin é padrinho da filha de Agnelli
Na terça-feira (20/4), Florentino Perez tentou se defender das críticas, reações adversas e ameaças de punição. Em uma entrevista, ele afirmou que a Superliga iria “salvar o futebol”, porque os jovens já não estariam mais interessados no esporte
No mesmo dia, porém, os primeiros sinais de dissolução começaram a aparecer. Enquanto fãs do Chelsea protestavam contra a presença do clube no projeto, o Manchester City anunciou que estava fora
Mais tarde, o vice-presidente do Manchester United, Ed Woodward, anunciou sua renúncia do cargo. Até o fim do dia, Ceferin informou que todos os seis times ingleses haviam desistido de sua participação na Superliga
Na quarta-feira (21/4), entre pedidos de desculpas dos donos dos clubes ingleses, Agnelli admitiu que a Superliga já havia perdido força e não seria mais viável. E isso foi antes de Atlético de Madrid e Inter de Milão anunciarem suas desistências
Dos 12 times que começaram, restam apenas quatro: Juventus, Milan, Real Madrid e Barcelona. Porém, com a reação negativa, a pressão e o apoio financeiro indo embora, é provável que a Superliga esteja morta e enterrada...
...até a próxima vez que os clubes se reunirem e tentarem novamente tomar o controle do futebol europeu e mundial