Juliana Contaifer
O que se sabe sobre a variante do coronavírus de Manaus
A variante foi detectada pela primeira vez no Japão, em passageiros que estiveram
no Amazonas
As mutações aconteceram, principalmente, na proteína spike, usada pelo coronavírus para invadir as células e se multiplicar
Essa mutação é semelhante às registradas nas variantes do Reino Unido e da África do Sul, que são mais transmissíveis do que a cepa original
Porém, há uma mutação chamada E484K, que já foi associada a uma capacidade maior de escapar
dos anticorpos
Dessa forma, existe a possibilidade de pacientes que já tiveram Covid-19, mesmo com anticorpos desenvolvidos, serem infectados novamente
Ainda faltam estudos mais específicos, mas foi o que aconteceu com uma profissional de saúde de 30 anos
A mulher foi reinfectada com a nova variante, apesar de ter desenvolvido anticorpos depois da primeira infecção
Os médicos que atuam em Manaus relatam que, nesta segunda onda, a doença parece estar acarretando casos mais graves e mais letais
A nova variante pode ser uma das responsáveis pelo caos
em Manaus
Pesquisadores ainda não têm certeza se a vacina funcionaria contra essa variante específica, mas estudos estão sendo conduzidos para descobrir
A OMS alerta que quanto mais espaço o vírus tiver para circular, mais mutações devem surgir
As recomendações do uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social seguem válidas para evitar a transmissão
TEXTO:
Juliana Contaifer
IMAGENS:
GettyImages/ Metrópoles