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Setembro Amarelo: é preciso prevenir depressão entre LGBTs

Campanhas de saúde mental no DF precisam focar essa população e, principalmente, necessitamos de mais empatia

atualizado

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Istok
My life is such a mess
1 de 1 My life is such a mess - Foto: Istok

Este mês é o Setembro Amarelo, campanha voltada para prevenção do suicídio e valorização da vida. No Distrito Federal, um projeto do deputado Fábio Félix foi aprovado, determinando um direcionamento especial dessa campanha à população LGBT.

De acordo com o projeto apresentado na Câmara Distrital do Distrito Federal (CLDF), pesquisa realizada pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, constatou que a população LGBT tem cinco vezes mais chances de cometer suicídio do que os heterossexuais cisgêneros. Dependendo do ambiente onde o indivíduo esteja, o número pode subir até 20 vezes. Pelo levantamento do Grupo Gay da Bahia, no ano de 2017, das 445 mortes de LGBTIs no Brasil, 58 foram suicídios.

Além da questão fisiológica que pode gerar depressão em alguém, para LGBTs, há ainda o meio hostil. Por exemplo, a falta de aceitação familiar, ofensas constantes, bullying, opressão no ambiente de trabalho e/ou ameaças à integridade física. Essas são circunstâncias, infelizmente, a quais estamos sempre sujeitos. Num momento mais fragilizado, isso pode justamente direcionar alguém a querer terminar com a própria vida. E essa lei chega para tentar evitar que isso aconteça.

De acordo com a Lei nº 6.356/2019 – que institui a campanha de prevenção ao suicídio da população LGBTI –, debates, palestras, propagandas publicitárias e folhetos informativos devem incluir conteúdo dirigido especialmente a esse público nas ações da Semana Distrital de Valorização da Vida.

A depressão e o suicídio atingem dados alarmantes em nosso país e, em algumas regiões, números próximos de epidemia. A saúde mental carece da nossa atenção tanto quanto a saúde física, sendo que a primeira é mais dependente de terceiros. A forma como tratamos os outros é um fator importante e pode ser determinante para alguém que passa pela doença.

Além de tratar os outros como gostaríamos de ser tratado, devemos lembrar sempre da nossa própria incapacidade de saber aquilo que se passa no íntimo de qualquer pessoa. Às vezes, o outro pode estar realmente mais frágil, independentemente do motivo.

Depressão não é frescura nem falta de Deus. É uma questão de saúde pública que demanda atenção e cuidado de todos nós. Lembrando sempre que o número do Centro de Valorização da Vida é 188.

Especial

Bendita Cura é o novo projeto do desenhista Mário Oliveira, um dos idealizadores da POC.Com. Ele está fazendo campanha no Catarse para poder lançar o segundo volume dessa história, que retrata uma vida marcada pelo preconceito e os efeitos de terapias de reversão, que tentam curar algo que simplesmente não é uma doença. Para doar, basta clicar aqui. Neste segundo volume, acompanhamos  o ingresso de Acácio na faculdade, a primeira vez que se apaixona por outro homem e a dúvida entre seguir seus instintos mais íntimos ou ir de acordo com as regras impostas pela sociedade.

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