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Documentário mostra a presença de LGBTs em Hollywood

The Celluloid Closet: O Cinema no Armário aborda a presença das minoria na sétima arte

atualizado

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Old style movie projector, close-up
1 de 1 Old style movie projector, close-up - Foto: iStock

Hollywood é uma criadora de mitologia. Ela define o que é ser uma estrela e o comportamento de pessoas. Por isso, o cinema norte-americano também construiu o imaginário social sobre homossexualidade e transgeneridade. A investigação de como esse processo se deu é o tema do documentário The Celluloid Closet: O Cinema no Armário.

O filme de 1995 é dirigido por Rob Epstein e Jeffrey Friedman e baseado no livro de mesmo nome do grande ativista Vito Russo. Narrado por Lily Tomlin, o longa acompanha cronologicamente a representação do desejo sexual entre iguais e também da expressão de afeto que, mesmo entre pessoas heterossexuais, dependendo da intensidade, mexe com quem assiste.

Logo no início do filme há uma cena filmada por Thomas Edison, quando ele ainda estava fazendo testes de captação de imagem para inventar a câmera. Um homem tocando e dois dançando abraçados, como um casal. Não dá para dizer se de fato são namorados, mas tente se lembrar da última vez em que você viu dois homens dançando juntos em um filme. Como a audiência reagiu?

Desde o início há LGBTs nas produções hollywoodianas, mas os anos deram diferentes significados a eles. A galhofa e a repreensão no cinema mudo; o gay assexuado e por isso aceito dos primeiros filmes falados; os trágicos e vitimados dos anos 1940 e 1950; os pavorosos vilões dos 1960 e 1970; e a expectativa promissora da primeira metade dos 1990.

Um ponto maravilhoso do filme é que ele define a sexualidade de vários personagens. Por exemplo, Gore Vidal – roteirista de Ben Hur – diz expressamente que a relação do protagonista com o tribuno Messala foi de um envolvimento amoroso – não à toa, a vingança do romano era motivada por dor de cotovelo. Mas só um dos atores sabia disso e lançava olhares lascivos a Charlton Heston.

Uma história infelizmente não tão bem explorada no filme é a do galã Rock Hudson, protagonista de várias comédias românticas. Em uma das produções, ele fingia ser gay para conquistar a mocinha. Detalhe: Hudson era homossexual realmente e foi uma das primeiras celebridades a ter a morte relacionada à Aids, causando grande escândalo.

O recorte de gênero também está presente no documentário. A homossexualidade feminina tinha maior abertura por ser um “fetiche” para a audiência masculina. Audrey Hepburn e Shirley MacLaine passaram por um constrangimento ao filmar Infâmia, sem ao menos conversarem sobre a cena. A respeito das pessoas trans, nem tem muito o que dizer. Sempre foram tratadas como piada ou vítimas de serial killers desumanos.

O filme termina muito otimista. Era início dos anos 1990 e começava a florescer as representações de LGBTs mais próximas da verdade. Eles paravam de se matar no final das histórias. Portanto, se você tem curiosidade sobre como chegamos a um filme como Com Amor, Simon – uma simples produção de temática LGBT capaz de passar na Sessão da Tarde – O Cinema no Armário é uma ótima dica.

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