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Começa a venda de calendários para financiar Biblioteca da Diversidade

Neste ano, o tema são as mulheres (cis e trans): fotos trazem debate sobre feminismo

atualizado

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Group of students sitting at table in library
1 de 1 Group of students sitting at table in library - Foto: iStock

Existe um projeto, em Brasília, para a fundação da Biblioteca da Diversidade. A iniciativa é do bibliotecário Cristian Brayner que, para financiar sua realização, tem vendido calendários temáticos nos últimos três anos.

A ideia surgiu quando, há 17 anos, Cristian testemunhou uma bibliotecária da UnB tratar com desprezo uma leitora que buscava um livro de temática lésbica. A capa da obra trazia duas garotas se beijando. A menina saiu do local extremamente sentida.

Sem fins lucrativos, o espaço já está em processo de registração. Os objetivos são oferecer um acervo bibliográfico para atender as minorias sexuais; propiciar produtos e serviços de informação destinados a promover a diversidade; e abrigar cursos, seminários, fóruns de debates e encontros que atendam a necessidade de aprofundamento de temas envolvendo gênero e orientação sexual.

A biblioteca já conta com um acervo de 14 mil obras que, atualmente, se encontra em um contêiner no SIA, à espera de um local físico.

Cristian tem ampla formação. É graduado em filosofia, tradução, biblioteconomia, teologia e letras (língua e literatura francesas). Em seu livro, “Devotos e Devassos”, recentemente agraciado com o prêmio “Casa de las Américas”, o autor analisa a atuação do Poder Legislativo em matérias que envolvem bibliotecas, políticas de leitura e assuntos afins. O dinheiro ganho com a condecoração foi destinado à criação do espaço.

O primeiro calendário, em 2016, teve todas as unidades vendidas em apenas 28 dias e foi notícia em várias partes do mundo. O motivo? Ele convidou 12 bibliotecários para posarem nus com livros.

“Na primeira edição, discutimos a subjetividade do que chamamos de masculinidade, convidando 12 bibliotecários para serem os modelos. Ano passado, tratamos da questão das diversas modalidades de relações afetivas, trazendo fotos de casais gays, lésbicos, heterossexuais e bissexuais”, diz Cristian.

Para 2018, no auge das discussões sobre feminismo, a concepção do calendário foi a de juntar 12 mulheres, cis e trans, para serem fotografadas. Todos os envolvidos fizeram trabalho voluntário e as meninas – todas vestidas – foram clicadas por Catarina Porto, Eduardo Bessa, Matheus Bueno e Raiane Cordeiro.

Para quem estiver a fim de adquirir o calendário, ele custa R$ 50 e, por mais R$ 5, é enviado para qualquer lugar do país. Basta entrar em contato pelo e-mail bibliotecadadiversidade@gmail.com.

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