LGBTQIA+! Veja sete livros para entender além da siglas
De caráter sensível e intenso, as obras mesclam fantasias, dramas e romances, além de serem tocantes
atualizado
Compartilhar notícia
Diversidade. Uma palavra que, sem dúvidas, é a que mais combina com a sigla LGBTQIA+. Isso porque o nome abraça, orgulhosamente, grupos com diversas orientações sexuais. Para fortalecer ainda mais a comunidade, é preciso falar sobre. E, mais do que isso, ler sobre. O movimento ocupa a literatura com fantasias, dramas e romances. O Metrópoles separou sete melhores livros para ler em 2021.
Gays, bissexuais, transgêneros, travestis, queer, intersexuais, assexuais e mais estão incluídos na nomenclatura. Mas a forma como ela é escrita hoje nem sempre foi assim. A categoria nasceu com a sigla GLS e busca lutar por direitos e inclusão de pessoas de várias orientações sexuais e identidades de gênero. A lista traz títulos como O Quarto de Giovanni, O Fim de Eddy e Com Amor, Simon – votados como alguns dos melhores pelos leitores do Estante Virtual.
Confira sete obras literárias LGBTQIA+ para entender a causa além das siglas:
O Quarto de Giovanni, por James Baldwin
Lançado em 1956, o segundo romance de James Baldwin é uma obra-prima da literatura americana. Com pinceladas autobiográficas, o livro trata de uma relação bissexual ao acompanhar David, um jovem americano em Paris à espera de sua namorada, Hella, que por sua vez está na Espanha. A obra explora as agruras de personagens que enfrentam o vazio existencial ao perceber a fragilidade dos laços e as frustrações de desejos. Traduzido por Paulo Henriques Britto, o livro inclui apresentação de Colm Tóibín e posfácio de Hélio Menezes.
O Fim de Eddy, por Édouard Louis
A história narra uma “infância no inferno”, a partir da angústia de um garoto obrigado a enfrentar a crueldade e o conservadorismo de uma comunidade no interior da França. Com lançamento em 2018, o romance autobiográfico já foi traduzido por mais de 20 idiomas. A obra lida com temas como sexualidade, sistema de classes sociais e todas as formas de violência.
Com Amor, Simon, por Becky Albertalli
Lançado em 2018, a história de amor questiona os padrões sociais e trata com naturalidade e bom humor a afirmação e os dilemas de um adolescente gay. Simon Spier tem 16 anos e é gay, mas não conversa sobre isso com ninguém. Assim, não vê problemas em sua orientação sexual, mas rejeita a ideia de ter que ficar dando explicação para as pessoas.
Me Chame Pelo Seu Nome, por André Aciman
O livro, de 2018, inspirou o filme dirigido por Luca Guadagnino, aclamado nos festivais de Berlim, Toronto, do Rio, no Sundance e um dos principais candidatos ao Oscar do mesmo ano. Com rara sensibilidade, o autor constrói uma viva e sincera elegia à paixão, em um romance no qual se reconhecem as mais delicadas e brutais emoções da juventude. Uma narrativa magnética, inquieta e profundamente tocante.
O Terceiro Travesseiro, por Nelson Luiz de Carvalho
Baseado em fatos reais, o romance de 2007 desafia rótulos e hipocrisias. Dessa forma, revela os meandros de consciência de Marcus, um jovem comum da classe média paulistana. Com o melhor amigo Renato, descobre o amor e compreende que os dois precisarão encontrar o equilíbrio entre o que sentem e o que a família e a sociedade esperam deles, até que um terceiro personagem aparece.
A Garota Dinamarquesa, por David Ebershoff
Lançado em 2016, o livro é inspirado na história real do pintor dinamarquês Einar Wegener e sua esposa californiana, o delicado retrato de um casamento nos desafia a refletir sobre o que fazer quando alguém que amamos quer mudar. Tendo como pano de fundo o glamour e a decadência da Europa da década de 1920, A Garota Dinamarquesa retrata a quase esquecida história de amor entre um homem que descobre sua verdadeira sexualidade e uma mulher disposta a sacrificar tudo por ele.
Azul é a Cor Mais Quente, por Julie Maroh
O livro de 2010 conta a história de Clementine, uma jovem de 15 anos que descobre o amor ao conhecer Emma, uma garota de cabelos azuis. Através de textos do diário de Clementine, o leitor acompanha o primeiro encontro das duas e caminha entre as descobertas, tristezas e maravilhas que essa relação pode trazer. Em tempos de luta por direitos e de novas questões políticas, Azul é a Cor Mais Quente surge para mostrar o lado poético e universal do amor, sem apontar regras ou gêneros.