Dia dos Pais: 7 livros sobre paternidade para se inspirar e presentear
Entre romances e relatos autobiográficos, estas obras debatem a relação parental e o que torna um homem um pai
atualizado
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Trazer alguém ao mundo e criar essa pessoa não é tarefa fácil – nem para pais, nem para mães. A complexa relação entre pais e filhos, desde as situações mais cômicas às mais dramáticas, é mote de diversas obras na literatura mundial. Da dependência da infância à relação madura com um filho adulto, o assunto é vasto.
Para celebrar o Dia dos Pais, comemorado neste domingo (9/08), o Metrópoles selecionou sete obras de autores brasileiros e estrangeiros sobre essa relação tão singular. A lista traz até mesmo um livro infantil, O homem que amava caixas, e Stephen Michael King, que pode muito bem ser um bom presente para aquele pai mais fechado. Veja:
A morte do pai, de Karl Ove Knausgård
O primeiro de seis romances autobiográficos do norueguês Karl Ove Knausgård – a série completa se intitula Minha Luta e tem cinco volumes publicados em português – traz o autor aos 39 anos, pai de três filhos, lutando para conciliar a vida familiar com o próprio trabalho.
No livro, ele reflete sobre a própria paternidade e é remetido imediatamente ao pai. Ao lembrar da própria adolescência, reflete sobre a trajetória do pai, um homem distante e fechado, que leva a família à ruína.
Meu menino vadio, de Luiz Fernando Vianna
Escrito pelo jornalista Luiz Fernando Vianna, o livro conta a relação com o filho, Henrique, que é autista. Ele fala poucas e repetidas palavras, tem momentos de agressividade consigo mesmo e com os outros e, como qualquer adolescente, é cheio de curiosidade e impulsos. Com honestidade e poesia, Vianna relata a experiência de ter um filho com deficiência, com todos os altos e baixos.
O homem que amava caixas, de Stephen Michael King
É um livro infantil, mas pode ser um reconhecimento emocionante do afeto de um pai mais fechado. A narrativa mostra a história de um homem que ama incondicionalmente o filho, mas não consegue dizer isso para ele. Como ama caixas, constrói presentes para o menino: às vezes, atos demonstram muito mais que palavras.
O papai é pop, de Marcos Piangers
O catarinense Marcos Piangers fala sobre paternidade em três livros: O papai é pop nos volumes 1 e 2, e O poder do eu te amo. O primeiro livro fala sobre a ansiedade em torno de ser pai jovem: de que adianta pagar a melhor creche se você trabalha demais e é o último a buscar seu filho? Por que comprar brinquedos caros se criança gosta de brincadeiras simples? No texto, Piangers defende que a presença amorosa dos pais é o que não pode faltar na vida de um pequenino.
O filho eterno, de Cristovão Tezza
O escritor catarinense Cristovão Tezza tem como um dos seus livros de maior sucesso O filho eterno, onde esmiúça a relação de um pai e do filho, que tem síndrome de Down. Desde o nascimento do garoto, marcado também pela separação dos pais, até a construção daquela família no decorrer do crescimento do menino, a obra encara de maneira clara e sem sensacionalismo a especificidade desse relacionamento.
Bebegrafia, de Rodrigo Bueno e Victor Farat
Boa dica para os pais de primeira viagem, Bebegrafia é um registro ilustrado sobre o primeiro ano de paternidade dos autores. O livro mostra em primeira pessoa como foi a experiência com os bebês, o que deu certo e o que não funcionou. Com ilustrações divertidas e um humor honesto, o livro mostra a transformação dos homens em pais.
Trilogia do adeus, de João Anzanello Carrascoza
Conhecido por seu trato poético com a linguagem em prosa, Carrascoza escreveu três livros em que aborda, diretamente ou indiretamente, o assunto paternidade. Em “Caderno de um ausente” (vencedor do prêmio Jabuti 2015), sua abordagem mais específica do tema, ele faz um romance epistolar, uma longa carta, cheia de afetos e descobertas do mundo, para a filha Beatriz, que acaba de nascer, com medo da possibilidade de não estar por perto quando ela crescer. Na sequência, o segundo volume “Menina escrevendo com pai” traz Beatriz já adulta que responde a carta do pai, narrando a relacionamento entre pai e filha. “A pele da terra” fecha a trilogia, e é narrado por Mateus, irmão de Bia. “Um olhar tríplice sobre os vínculos entre pais e filhos, e sobre como pequenas ações do cotidiano nos marcam para sempre”, adianta a sinopse.