De taças a decanters, 12 itens essenciais para degustar vinhos em casa
Mundo dos vinhos tem um arsenal de utensílios à disposição dos apreciadores da bebida, de abridores a tampas de pressão
atualizado
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O friozinho do inverno é a desculpa que muita gente usa para beber mais vinho: o delicioso fermentado de uvas tem descritores sensoriais complexos que se alteram a depender do ano de produção da garrafa, da variedade da uva e, principalmente, do terroir onde se cultivam as parreiras. Descobrir as diferenças entre tintos, brancos e rosés; uvas singulares e blends; além das bebidas de diferentes regiões e países é uma jornada deliciosa que se beneficia de alguns equipamentos especializados. Mais importante que um bom saca-rolhas, no entanto, é ter a companhia de alguém para debater o que cada um sente na bebida. Seja presencialmente ou por chamada de vídeo, contar com um companheiro de aventuras para compartilhar impressões e desenvolver um bom vocabulário para os descritores sensoriais é, segundo especialistas, um passo essencial para o aprendizado. Chame seu melhor amigo e veja o melhor arsenal para a degustação:
Abre-te!
Nada de sapato na parede: quem quer aprender mais sobre o mundo dos vinhos precisa de um abridor que funcione. A escolha depende muito do trabalho que cada um quer ter com esta etapa do processo. O saca-rolhas mais básico é o manual com a alavanca em duas etapas, que geralmente conta com um abridor de garrafas.
Alguns amantes do vinho, no entanto, não se dão com os saca-rolhas manuais. Para eles, a dica é procurar soluções robustas que fazem o serviço com segurança, como é o caso dos abridores de alavanca. Em um só movimento a espiral entra na rolha e a retira da garrafa, sem necessidade de fazer força.
Por fim, quem não quer ter trabalho algum nesta etapa do processo pode investir no saca-rolhas automático: basta cortar o lacre da garrafa, posicionar o aparato em cima da rolha e apertar um botão. Movido a pilhas, o motor do abridor insere a espiral na rolha e a retira sem qualquer esforço humano.
Tempo para descanso
O design sinuoso dos diferentes decanters ajuda a arejar o vinho antes do consumo: é o famoso “deixar respirar” antes de servir. Vinhos encorpados como os Bordeaux se beneficiam desse tempo de espera, e as bebidas mais jovens também liberam mais rapidamente o buquê de aromas se depositadas nessas garrafas estilosas. Além disso, o objeto ajuda na percepção da cor da bebida.
Uma taça para cada vinho
Pode parecer besteira, mas não é: as diferentes taças de vinho cumprem funções específicas para cada bebida. Não é que o vinho vá se estragar se degustado em uma taça diferente da ideal, mas o design de cada uma é pensado para trazer o que há de melhor nos fermentados, tanto na percepção de cores, aromas e sobretudo do sabor. As taças de vinho branco, por exemplo, têm bojo menor, o que ajuda a manter as baixas temperaturas que esta modalidade exige.
Um dos prejuízos mais perceptíveis ao se utilizar taças inadequadas é no caso dos espumantes: a taça flute tem o formato alongado que cumpre a função de reduzir a superfície de contato da bebida com o ar, retardando a perda dos gases que compõem o preparo. Além disso, a forma também direciona a bebida para o centro da língua, o que disfarça a acidez intensa de algumas marcas.
Entre os tintos, existe uma diferenciação das taças Borgonha e Bordeaux. Esta última é usada para degustar uvas como cabernet sauvignon, tannat e merlot, graças ao formato que ajuda a oxigenar o líquido e liberar aromas. A borda é feita de maneira que o vinho toque primeiro a ponta da língua, onde percebe-se bem a intensidade dos taninos.
Por fim, a taça Borgonha tem o bojo em formato de balão, que ajuda os aromas a circularem melhor por ali. A borda da taça ajuda a espalhar a bebida pelas laterais da língua, o que facilita a apreciação da acidez do vinho. Geralmente, é usada para bebidas com a uva pinot noir.
Serviço perfeito
Um bom aerador de vinhos não só evita que o líquido escorra pela garrafa e suje a toalha de mesa, mas também traz benefícios para a degustação. Quem não tem espaço em casa para um decanter pode investir nessa peça menor, que também faz com que o oxigênio circule pelo líquido e ajuda a liberar os aromas do fermentado.
Para guardar com segurança
Quem vai degustar vinhos sozinho pode enfrentar um dilema: se eu quero comparar duas garrafas, mas mal consigo beber uma inteira, o que fazer? Existem diversas formas de conservar a bebida, que vão desde tampas robustas para as garrafas até aparatos que vedam completamente o recipiente e garantem um sensorial adequado para o dia seguinte. Para fechar bem uma garrafa de champanhe, por exemplo, a pedida é a tampa feita em aço inox: com higiene e segurança, a bebida pode voltar à geladeira e deve ser consumida em até 36 horas.
Para as outras garrafas de vinho, vale investir em tampas como a da Brinox, que vedam a entrada de ar pela aplicação de pressão no recipiente. Assim como a colega da Euro, o aparato garante a manutenção da qualidade da bebida por até 36 horas.
Por fim, uma tecnologia que funciona em qualquer garrafa de vinho é a bomba a vácuo: o aparato veda completamente a garrafa e também impede que o vinho se torne vinagre na geladeira. Ideal para quem bebe sozinho.