Bordadeira dá dicas para quem quer aprender a arte entre linhas e agulhas
O trabalho manual é procurado por quem procura aliviar o estresse ou quer ter uma nova fonte de renda durante a pandemia
atualizado
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Tendência na decoração, os bastidores com bordados coloridos viraram item essencial para ambientes românticos e clean. Feitos em linhas simples, em pintura de agulha e até mesmo com a complexa técnica do ponto cruz, esses trabalhos manuais voltaram ao lugar de hobby e, para muita gente, tornou-se fonte de renda.
Este é o caso da bordadeira Giovanna Sobral. Ela aprendeu a bordar quando era criança e está há um ano se sustentando exclusivamente com a própria arte. Desde então, ela se especializou em bordar retratos de pets com pintura de agulha.
“Com certeza, a procura de quem quer aprender a fazer aumentou na quarentena. Como qualquer trabalho manual, o bordado ajuda com sintomas de ansiedade e existem estudos que mostram que podem ajudar pacientes com depressão. Quem está em isolamento pode passar por isso”, comenta.
Para quem procura por cursos, Giovanna recomenda o ministrado por Andréa Orue, da Primavera de 83, que oferece aulas presenciais além de um curso online. Também indica o de Carla Ramo, da Avessa, que ensina pintura de agulha. Outra dica da artista é a loja Ponto da Cris, que além de vender materiais, também oferece aulas. A loja Bordado Studio é outra indicação de compras de Giovanna.
“Uma dica legal para quem está começando e precisa de um desenho pronto é o coletivo Bordado Livre. Elas trabalham com uma assinatura mensal a partir de R$ 12 e enviam, todo mês, alguns riscos para a pessoa bordar e até comercializar o próprio trabalho”, comenta a artista.
O Metrópoles montou um kit básico de bordado para quem está aprendendo, de acordo com as orientações de Giovanna. Veja:
Kit com três bastidores, da Premier
“A diferença do bordado livre para o ponto cruz é que o ponto cruz dispensa o bastidor. Mas eu recomendo, principalmente para quem está começando”, adverte a artista. O kit conta com bastidores de 12cm, 16cm e 19,5cm de diâmetro e é mais que suficiente para aprender a bordar.
Algodão cru
Qualquer tecido pode ser bordado, mas Giovanna recomenda que iniciantes evitem a malha até ter um pouco mais de experiência. Para começar, ela sugere o algodão cru.
O produto anunciado mede 1m por 1,60m e é feito em 100% algodão.
Agulha de mão número 7, da Coats
A recomendação de Giovanna para iniciantes é uma agulha de mão número 7. “Ela tem um tamanho maior e é fácil de manusear”, explica.
O produto anunciado vem com 20 unidades da agulha, feitas em aço niquelado.
Conjunto com 100 linhas de meada, da DMC
Em termos de linhas, Giovanna recomenda três marcas: as nacionais Círculo e Ancor, e a DMC, que é mais cara porque é importada. “Geralmente, as linhas vêm com 8 metros e cada fio tem seis linhas. A pessoa escolhe se vai usar todas elas ou se vai separar, isso depende do desenho. Para o que eu faço, por exemplo, vou usando uma linha de cada vez”, comenta.
Tesoura de costura cegonha, da Edel Solingen
Para qualquer trabalho com tecido, é essencial ter tesouras específicas – e usá-las somente para este fim. Esta tesourinha clássica tem a ponta fina e reta, facilitando os pequenos cortes necessários no bordado.