Violentômetro: escala de violência feita para ajudar mulheres em risco
Importante para auxiliar vítimas, amigos e familiares, infografia explica os sinais de violência doméstica e quando procurar ajuda
atualizado
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O feminicídio raramente é um crime inesperado. Um homem que mata a companheira por consequência de violência doméstica ou por menosprezar seu gênero costuma dar sinais que começam muito antes da agressão física ou emocional.
Disfarçada de prova de amor, a relação vai minando a autoestima da mulher e a afasta da família e dos amigos, humilha e ofende – ainda antes de aparecer em forma de hematomas pelo corpo. O final dessa escalada de violência é o feminicídio, quando a mulher é assassinada pelo homem que um dia amou.
Para ajudar as mulheres que estão passando por esse tipo de violência (e até as que se recusam a se enxergar como vítimas), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal lançou, no final de novembro de 2018, uma régua apresentando diferentes graus de violência para que as vítimas possam se reconhecer e identificar.
O Violentômetro é importante não só para as vítimas, mas também para familiares e amigos, os quais podem prevenir situações de risco, denunciar agressores e/ou apoiar as mulheres para que saiam de relacionamentos abusivos. Caso alguma pessoa conhecida esteja passando por algum dos níveis enumerados, é importante conversar, manter-se disponível, não julgar, acolher e, se necessário, denunciar à polícia pelo número 197.
Confira a escala de violência:
Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país. Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.