Veja a íntegra do depoimento do motorista que matou médica do HRT
Gabriela havia desaparecido em 24 de outubro do ano passado e seus restos mortais foram localizados pela polícia somente na segunda (28)
atualizado
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O assassino confesso da cirurgiã geral e ex-diretora do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) Gabriela Rebelo Cunha, 44 anos, começou a tramar o crime na Rodoviária do Plano Piloto. Em depoimento prestado na Divisão de Repressão a Sequestro (DRS), Rafael Henrique Dutra da Silva, 32, revelou que a ideia surgiu após conversar com um homem identificado como Baiano, em uma lanchonete do terminal rodoviário. Os dois já teriam cumprido pena juntos no Complexo Penitenciário da Papuda.
“Após algum tempo depois do encontro, surgiu a ideia de matar Gabriela e se apropriar do dinheiro que ela havia depositado no banco, salvo engano R$ 70 mil”, contou o suspeito na oitiva.
Gabriela desapareceu em 24 de outubro do ano passado e seus restos mortais foram localizados pela polícia somente na segunda-feira (28/1). A ossada estava em um matagal, às margens da rodovia DF-001, em Brazlândia. O local foi apontado por Rafael logo após sua prisão. Ele trabalhava como motorista particular para a médica e contava com toda a confiança dela.
O criminoso narrou com detalhes como o crime foi planejado e todos os fatos que motivaram sua decisão em assassinar a cirurgiã. Rafael conseguiu o emprego com facilidade pois tinha a indicação de sua mãe, que havia trabalhado anteriormente com Gabriela.
Leia o depoimento na íntegra:
Mensagens pelo WhatsApp
Ao descortinar a trama macabra arquitetada por Rafael Henrique, a polícia teve a acesso a várias mensagens trocadas por ele se passando pela médica. Em uma delas, ele responde até a questionamentos de colegas de Gabriela da Secretaria de Saúde.
Veja:
Cópia autenticada
Para tentar esconder o crime e simular que Gabriela estava viva, Rafael usou uma cópia autenticada da procuração que a médica lhe havia dado. Ele permaneceu movimentando as contas bancárias, demitiu empregados e até suspendeu o contrato de aluguel do imóvel onde ela morava. “Como desculpa, ele continuava sustentando que Gabriela estava internada em uma clínica, tanto para a família quanto nos locais onde Gabriela trabalhava”, ressaltou o delegado.
A família e os amigos não estranharam a situação, porque ela já havia sido internada anteriormente para tratar de depressão.
Quando a DRS entrou no caso e começou a investigar o crime, conseguiu identificar o plano do motorista. Os policiais encontraram os dois carros da médica, que estavam em poder de Rafael, e uma série de objetos retirados do apartamento dela. Ele foi indiciado por latrocínio e ocultação de cadáver.
A polícia ainda procura pelo comparsa de Rafael que teria ajudado a matar a vítima.