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Sobe para 26 o número de mulheres que acusam cardiologista de abuso

Médico teria tocado nas partes íntimas das pacientes durante consultas em hospitais de São Paulo

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A Polícia Civil recebeu, nesta quarta-feira (16/1), mais nove relatos de mulheres que alegam terem sido abusadas pelo cardiologista Augusto César Barretto Filho, de 74 anos. Agora, pesam contra ele 26 denúncias de abuso durante consulta médica, na cidade de Presidente Prudente, interior de São Paulo. As informações são do G1. 

Nesta segunda-feira (14) o médico teve a prisão preventiva requisitada pelo Ministério Público à Justiça. No mesmo dia, ele foi denunciado pelo crime de violação sexual mediante fraude. De acordo com a denúncia, as investidas sexuais teriam ocorrido no consultório do cardiologista, na avenida Washington Luiz, área nobre da cidade.

No local, segundo relatos apontados na investigação realizada pela Delegacia de Defesa da Mulher, ele tocava as partes íntimas das pacientes ao examiná-las. Algumas disseram que ele chegou a encostar nelas o órgão genital.

O crime pelo qual o cardiologista é acusado prevê até 6 anos de reclusão – a pena pode ser aumentada em caso de agravantes. O Ministério Público alega que a prisão é necessária para evitar que novas mulheres sejam vítimas. “Há o risco de que ele continue com esses atos”, justifica o promotor Filipe Teixeira Antunes.

Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país. Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

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