Polícia apreende adolescente envolvido no 1º feminicídio de 2019 do DF
O menor era temido no Itapoã e responde, ainda, por ato infracional análogo a outros dois crimes de homicídio
atualizado
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Policiais da 35ª DP (Sobradinho) apreenderam, na noite de quinta-feira (16/05/2019), um adolescente envolvido no primeiro feminicídio registrado no Distrito Federal neste ano. Segundo os investigadores, o menor era temido no Itapoã e responde, ainda, por ato infracional análogo a outros dois crimes de homicídio.
“Ele estava ameaçando matar mais dois desafetos. Também tem passagens por ato infracional análogo ao porte de arma e tráfico de drogas. No momento da apreensão, ele estava acompanhado de outros criminosos maiores. Foram flagrados vendendo entorpecentes. Um desses comparsas tinha mandado de prisão preventiva”, explicou o chefe da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), Laércio Carvalho.
Três pessoas são acusadas de participar do feminicídio. No começo do mês, outro menor de 17 anos já havia sido apreendido. No dia 1º de maio, a PCDF prendeu Wanderley Pereira do Nascimento, 20, é suspeito de assassinar a ex-companheira Patrícia Alice de Souza, 23, em janeiro deste ano, na Fercal.
O caso começou a ser investigado como homicídio, devido às circunstâncias do crime, mas depois evoluiu para feminicídio. Patrícia morreu com um tiro nas costas.
Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.
Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileira.