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PMDF resgata mulheres mantidas em cárcere privado por companheiros

Um dos casos ocorreu em Brazlândia e outro em São Sebastião. Em ambas as ocorrências, os algozes foram presos

atualizado

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Fist of anger man and crying woman sitting. Domestic violence
1 de 1 Fist of anger man and crying woman sitting. Domestic violence - Foto: iStock/Imagem ilustrativa

Policiais militares prenderam dois homens acusados de manter suas companheiras em cárcere privado. O primeiro caso ocorreu em Brazlândia, na tarde desse domingo (04/08/2019), quando equipes foram acionadas para checar uma denúncia de violência doméstica, na Quadra 48 da Vila São José. No local, os PMs encontraram o suspeito bastante inquieto após os vizinhos o denunciarem.

De acordo com testemunhas ouvidas pelos policiais, a mulher do autor tinha sido agredida e estava presa em casa. As equipes entraram na residência e a resgataram. Ela era mantida em cárcere privado e estava com várias lesões. Foi dada voz de prisão ao agressor, que resistiu, mas foi imobilizado. A vítima informou que ela e o filho – portador de necessidades especiais – eram constantemente vítimas de ameaça e agressão pelo companheiro.

Os envolvidos foram conduzidos para 24ª Delegacia de Polícia (Setor O). O agressor foi autuado por cárcere privado e lesão corporal no âmbito da Lei Maria da Penha.

Na segunda ocorrência, também na noite desse domingo (04/08/2019), a PM prendeu um outro homem que também mantinha a companheira presa em sua própria casa, no Bairro Tradicional em São Sebastião. As equipes foram acionadas pela vítima, que pedia socorro após seu companheiro ameaçá-la com uma faca. Quando chegaram no local, os militares presenciaram a mulher gritando e o suspeito com uma faca em sua garganta.

Os policiais solicitaram apoio, entraram no local e, com resistência, prenderam o autor do crime. Na contenção, um policial sofreu pequenos ferimentos nas mãos e o homem foi conduzido para a 30ª DP (São Sebastião) para ser autuado.

Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.

Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileira.

 

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