Pancada na cabeça causou morte de mulher agredida no DF, aponta IML
Laudo indica que Geralda Azevedo foi agredida com “objeto contundente”. Ela morreu após dar entrada no Hospital do Gama
atualizado
Compartilhar notícia
Apesar de o corpo de Geralda dos Reis Ramires Azevedo ter sido encontrado com sinais de estrangulamento, a causa da morte foi uma pancada na cabeça. As conclusões são do laudo do Instituto Médico Legal (IML), concluído nesta terça-feira (13/08/2019). A mulher, de 44 anos, morreu na última sexta-feira (09/08/2019), após dar entrada no Hospital Regional do Gama (HRG).
Geralda tinha saído para caminhar e não voltou. A demora chamou atenção de parentes, que foram procurá-la e a encontraram muito machucada. O celular dela havia desaparecido, mas não se sabe se foi roubado. O caso é apurado pela 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas).
Conforme conta o delegado responsável pela investigação, Pablo Aguiar, à Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o corpo de Geralda apresentava muitos ferimentos. “A causa da morte consta como instrumento contundente na cabeça e no abdômen, o que pode ser uma pedra. Ela ainda tinha marcas nas costas de um arrastamento no chão”, relata.
“Ainda estamos em busca da razão e do autor do crime. Desde sexta estamos com nossas equipes na rua para tentar resolver essas duas questões”, acrescentou.
Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.
Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.