No DF, homem ameaça arrancar bebê da barriga de ex para comê-lo
Polícia Militar foi acionada pelo filho do casal, de 7 anos. O agressor acabou detido e levado à delegacia, mas liberado em seguida
atualizado
Compartilhar notícia
Um homem foi preso pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), nesta quinta-feira (11/07/2019), acusado de tentar assassinar a ex-companheira utilizando estilhaços de garrafa de vidro.
Aos militares, a vítima, grávida de quatro meses, afirmou que o suspeito ameaçou matá-la e disse ainda que iria “arrancar o bebê da barriga dela e comer ele”, conforme ocorrência registrada pela corporação.
O crime ocorreu na QR 619, Chácara 44, de Samambaia, durante a madrugada. A PMDF foi acionada pelo filho do casal, de apenas 7 anos. Ao chegarem ao local, os policiais foram recebidos pelo garoto. Ele relatou ter ouvido o pai ameaçando a mãe de morte com uma garrafa de vidro, além de ter flagrado o homem quebrando o telhado e as portas da casa onde moram.
À polícia, a ex-mulher informou que o agressor é usuário de drogas. Diante dos relatos da mãe e do filho, os militares detiveram o suspeito e o encaminharam à 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia).
Segundo a PM, o homem foi solto posteriormente, pois não houve flagrante. A vítima já fez o pedido de medidas protetivas de urgência.
Elas por elas
Neste 2019, o Metrópoles iniciou um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.
Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.