“Não queremos que seja só mais uma”, afirma irmã de vítima de feminicídio no DF
Familiares e amigos deram o último adeus a Maria Jaqueline de Souza, morta pelo namorado no Sol Nascente. Enterro ocorreu em Taguatinga
atualizado
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Em clima de revolta, familiares despediram-se, na manhã desta segunda-feira (14/12), de Maria Jaqueline de Souza, 34 anos, no cemitério Campo da Esperança, em Taguatinga. A mulher foi morta a facadas pelo namorado, Ricardo Silva Souza, 35, no Sol Nascente, na madrugada de sexta-feira (11/12). Ele está preso preventivamente.
Conforme a irmã da vítima, Evelyn Machado, 32, a família busca respostas para o crime hediondo. “A gente quer Justiça. Não queremos que ela seja só mais uma. As pessoas precisam entender o que acontece com as mulheres hoje”, afirmou.
Mãe do ex-marido de Jaqueline, Geralda Pereira de Souza, 68, diz que poucos parentes conheciam o atual namorado da mulher, uma vez que o relacionamento era recente. “Ela morava na minha casa. Ficou casada 10 anos com o meu filho. Os dois filhos mais velhos dela são dele. Separou, mas sempre será a minha nora”, lamentou.
“Era uma mulher maravilhosa, alegre, boa mãe. Deixava os meninos comigo para poder trabalhar. Era muito trabalhadora […] Agora, a gente espera que a justiça seja feita e que ele [Ricardo] pague pelo que fez”, completou Geralda.
“Aquela menina que você via toda alegre, toda mãezona. Lutava muito para criar os filhos. Uma mulher guerreira” , descreveu a amiga Fátima Patrícia Nunes de Morais, 56.
A dona de casa é vizinha da mãe de criação de Jaqueline há cerca de 30 anos. “Foi um crime muito bárbaro. Ficamos muito abalados. Ninguém nem sabia desse novo namorado”, lamentou a amiga.