Mulher é morta e enterrada em mata do RJ por ex-namorado
Jéssica Carla foi à casa do ex-namorado para acabar de vez com o relacionamento e desapareceu
atualizado
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Davis de Araújo Coutinho, um mototáxi de 32 anos, é acusado de matar a ex-namorada Jéssica Carla Nascimento da Costa, de 30 anos, desaparecida desde o dia 26 de abril. A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu o suspeito nesta segunda-feira (10/5), e confessou o crime.
Na data em que desapareceu, Jéssica havia combinado de conversar com o ex-namorado, com quem teve um relacionamento de quase três anos, na casa dele, no bairro da Paciência, no Rio de Janeiro. Preocupada com o que poderia acontecer, a vítima chegou a enviar sua localização por mensagem a uma amiga.
“Ela foi nesse encontro para dar um basta definitivo nessa relação, mas acabou morrendo”, afirmou uma amiga.
Câmeras de segurança também registraram que Jéssica esteve na residência. Segundo a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), após uma discussão, Davis matou Jéssica a facadas.
Depois, pegou um carro emprestado de um amigo e escondeu o corpo em uma mata na Serra do Matoso, na Baixada Fluminense, a 30 km de sua casa.
Dois dias depois, o desaparecimento de Jéssica foi registrado e policiais civis se dirigiram a casa do suspeito. De acordo com o relato da DDPA, o imóvel estava parcialmente queimado, em uma tentativa de Davis de atrapalhar as investigações.
No domingo (9/5), a Justiça decretou um pedido de prisão. O suspeito foi encontrado em um hotel no centro do rio, e levou os policiais até o local onde o corpo estava escondido, que estava envolvido em sacos de lixo pretos.
Ele responderá pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
Comportamento do ex
As investigações apontaram que Davis tinha comportamento violento e histórico agressivo com a ex, com quem tem dois filhos.
Após ser questionado pela família de Jéssica, Davis chegou a registrar um boletim de ocorrência e a fazer um depoimento emocionado alegando estar sendo falsamente acusado pelo crime.
“Ele é completamente frio, calculista e obsessivo. Por meses, monitorou a vítima — em todos os lugares que ela ia — até ter uma oportunidade para matá-la”, afirmou a delegada Elen Gomes Pereira Souto, titular da DDPA.