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Marinésio é reconhecido por adolescente e mulher que o denunciaram

A informação foi dada pela mãe da jovem de 17 anos. Segundo ela, as duas teriam chorado ao ficar frente a frente com o maníaco

atualizado

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Andre Borges/Esp. Metrópoles
preso sendo fotografado
1 de 1 preso sendo fotografado - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

O cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos, foi reconhecido na tarde desta quinta-feira (05/09/2019) por uma garota de 17 anos e por uma dona de casa de 43. Elas contam terem sido abordadas em paradas de ônibus e estupradas pelo maníaco. A informação foi dada ao Metrópoles pela mãe da adolescente. “É ele mesmo: as duas ficaram desesperadas. Minha filha saiu de lá chorando muito”, afirmou.

O reconhecimento facial foi feito no Departamento de Polícia Especializada (DPE), no Parque da Cidade. Mais cedo, na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), a jovem havia confirmado que o Palio vermelho que pertenceu ao irmão do cozinheiro foi o veículo usado pelo maníaco para abordá-la no Paranoá.

Ela diz ter sido violentada, agredida e xingada em abril de 2019. Essa versão, entretanto, não bate com as informações prestadas pelo atual dono do automóvel, que assegura estar com o veículo há quase dois anos.

O Palio Weekend, ano de 2001, atualmente pertence ao auxiliar de serviços gerais Ademar Paulino de Araujo, 42. Ele é o terceiro dono, depois do irmão de Marinésio, e também esteve na 6ª DP nesta quinta (05/09/2019).

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Veículo que teria sido usado em um dos crimes
Um dos automóveis usado em um dos crimes
Vítima de 17 anos reconheceu carro vermelho utilizado no estupro
Gilvânia está desaparecida desde o fim de 2018 e família acredita que caso tenha a ver com Marinésio
Mulher diz ter sido vítima de Marinésio
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Vítima de 17 anos reconheceu carro vermelho como sendo o usado no crime

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Veículo que teria sido usado em um dos crimes

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Um dos automóveis usado em um dos crimes

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Vítima de 17 anos reconheceu carro vermelho utilizado no estupro

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Gilvânia está desaparecida desde o fim de 2018 e família acredita que caso tenha a ver com Marinésio

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Mulher diz ter sido vítima de Marinésio

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Marinésio é assassino confesso de duas mulheres

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Marinésio é acusado de vários crimes

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Na primeira condenação, o acusado pegou oito anos

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Blazer prata também é apontada por vítimas de Marinésio

PCDF/Divulgação
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Objetos de Letícia foram encontrados no carro do suspeito

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Relógio de Letícia localizado no veículo do suspeito

Reprodução

 

Segundo o atual proprietário, ele tem o carro há quase dois anos e diz que só quem o utiliza é sua esposa. “Ligaram para mim, foram lá em casa e pediram para trazer aqui para reconhecer. Nem sabia qual era esse caso”, afirmou. “Só eu que uso, ele nem sabe dirigir. Não somos de emprestar para ninguém”, disse a mulher. A Polícia Civil ainda não se manifestou sobre o desencontro de informações.

Após o reconhecimento, a adolescente reafirmou que o veículo que estava na delegacia foi o mesmo utilizado por Marinésio. “Eu vi o sofá estampado. É esse”, afirmou. “Ela reconheceu o carro na hora que chegamos aqui. Ela virou para o lado e falou: ‘É aquele ali'”, disse a mãe, de 42 anos. “Minha filha está o dia todo tendo crise, sem comer, passou a noite sem dormir”, completou.

A adolescente foi a primeira a denunciar que Marinésio usava carro diferente da Blazer prata apreendida, usada para abordar Letícia Sousa Curado, 26, e Genir Pereira de Sousa, 47. O maníaco confessou ter matado as duas, mas negou que tenha atacado outras mulheres.

O carro era do irmão de Marinésio, que o vendeu para um morador do Café Sem Troco, no Paranoá. A confirmação de que o cozinheiro Marinésio usava outros veículos para atacar mulheres fez aumentar o número de supostas vítimas dele. Em depoimento à PCDF, o irmão revelou que emprestava com frequência um Fiat Palio vermelho ao cozinheiro e pontuou ainda que o acusado também costumava dirigir um VW Gol preto.

O acusado

Marinésio morava com a esposa e a filha em uma casa humilde no Vale do Amanhecer. Tinha uma vida acima de qualquer suspeita. O homem, de 1,60 m de altura, é considerado calmo. “Vivi com ele muitos anos [19, no total] e não sabia de nada. Era um bom marido e bom pai. Nunca agrediu minha filha. Estamos arrasadas”, disse a companheira do maníaco.

Após ser preso, o cozinheiro confessou ter matado duas mulheres e afirmou que pagará pelos crimes. “Só peço desculpas a todos. Minha família não merecia estar passando por isso. Vou pagar o que eu fiz”, disse Marinésio, detido desde a madrugada de domingo (25/08/2019) pelo assassinato de Letícia. Ele também admitiu ser autor da morte da auxiliar de cozinha Genir Pereira de Sousa, 47, em junho passado.

As declarações foram dadas na segunda (26/08/2019), na 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina), região administrativa onde Letícia morava com o marido e o filho, criança de apenas 3 anos.

O cozinheiro agia sempre com o mesmo modus operandi: as vítimas eram abordadas em paradas de ônibus ou em rodoviárias pelo suspeito, que se passava por loteiro (motorista de lotação).

O homem usava sua Blazer prata, placa JFZ 3420-DF, nos crimes. O carro passou por análise minuciosa do Instituto de Criminalística da Polícia Civil. Os peritos buscam principalmente material genético das vítimas no veículo. Fios de cabelos e sangue, caso sejam encontrados, podem ser confrontados com o DNA das pessoas que acusam o maníaco de crimes.

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