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Marido que bateu cabeça de mulher contra a parede é preso em bar

Guilherme José de Oliveira, 28 anos, foi autuado por tentativa de feminicídio. Vítima foi socorrida com fraturas no crânio

atualizado

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1 de 1 guilherme - Foto: Divulgação/PCDF

Acusado de bater a cabeça da companheira contra a parede na madrugada de quarta-feira (2/1), Guilherme José de Oliveira, 28 anos, foi preso por policiais militares na noite deste sábado (5). O agressor foi encontrado em um bar em Samambaia, após denúncias anônimas alertarem as forças policiais sobre a presença do suspeito na região.

Guilherme foi levado para a 17ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal (Taguatinga). De acordo com o delegado responsável pelo caso, Douglas Fernandes, ele optou por ficar calado durante o depoimento. Autuado por tentativa de feminicídio, ficará preso preventivamente.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito descumpriu medida protetiva e agrediu a esposa. Após ser agredida, ela precisou ser encaminhada ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT).

Aos policiais, os médicos da unidade informaram que a vítima chegou na casa de saúde “sangrando pela boca, nariz e ouvidos” e “sofreu fraturas na região do crânio”, em decorrência das pancadas na cabeça. No entanto, ela não precisou ser submetida a cirurgia.

Em depoimento, a vítima disse que as agressões “não tiveram motivação aparente”, mas que o acusado apresentava sinais de embriaguez.

Histórico de agressões
Guilherme José de Oliveira estava foragido. No Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o homem possui três condenações por registros de violência doméstica, ameaça e Lei Maria da Penha. Em um dos processos, a Justiça o acusou de ameaçar a mulher com uma faca, “com intuito de obter para si indevida vantagem econômica, obrigando [a esposa] a lhe dar quantia em dinheiro”.

Outra ação também traz acusações graves contra Guilherme. Dessa vez, foi condenado por agredir a companheira com “tapas, golpes de faca e de martelo, além de ter proferido xingamentos e ameaças contra ela”, relatou na sentença a juíza responsável pelo caso, Nádia Vieira de Mello Ladosky.

Em dezembro do ano passado, a magistrada revogou a prisão preventiva pedida contra Guilherme, pois estaria, segundo ela, concedendo “ao sentenciado o direito de recorrer em liberdade”. Após ser condenado, o agressor chegou a ficar preso, mas saiu em dezembro de 2018 da prisão e voltou a morar com a vítima, que já possuía pedido de medida protetiva contra o algoz.

Durante 2019, o Metrópoles se dedicará a escrever todas as trajetórias de vida das mulheres que vão sangrar enlaçadas em relacionamentos nocivos. O olhar feminino e sensível das profissionais envolvidas no projeto irão humanizar as estatísticas frias, incapazes de criar empatia. Só ela pode interromper a indiferença diante das agressões à mulher. Um contador em destaque na capa do portal marca diariamente esses casos a fim de lembrar que há um longo caminho para acabar com esse ciclo de violência.

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