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Marido mata mulher e vizinho a tiros em apartamento no DF

Assassino confessou o crime à PM. Ele é militar da reserva. Mulher morreu no local. Outra vítima foi hospitalizada, mas não resistiu

atualizado

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Suspeita de feminicídio no Cruzeiro
1 de 1 Suspeita de feminicídio no Cruzeiro - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

Uma mulher e um homem foram mortos a tiros na noite desta quarta-feira (12/06/2019), em um apartamento no Cruzeiro Novo, na Quadra 1405, Bloco G, próximo ao terminal rodoviário da cidade. Segundo testemunhas, Francisca Naíde de Oliveira Queiroz, 58 anos, foi atingida pelo marido, que é militar da reserva da Aeronáutica.

Identificado como Juenil Bonfim de Queiroz, 56 anos, e chamado de sargento Queiroz, o autor do crime suspeitava que a mulher tinha um caso amoroso com Francisco de Assis Pereira da Silva, 41, o homem que foi baleado na cabeça. Francisco é companheiro de um rapaz que se identificou como Marcelo para a reportagem do Metrópoles.

Marcelo relatou ter um relacionamento com Francisco há cinco anos. Os dois moram no Bloco G e votaram no sargento Queiroz para elegê-lo síndico do local. No começo, Queiroz tratava os dois bem, mas a relação começou a ficar conflituosa nos últimos dias. Franciso e Marcelo estavam em processo de mudança do edifício.

Nesta quarta-feira (12/06/2019), o sargento conversava com o casal e duas mulheres embaixo do bloco. O militar pediu para que Francisco subisse para “tratar uma questão”. Marcelo disse que ele só subiria acompanhado. “Quando chegamos lá em cima, ele disse: ‘Vou te mostrar o que um homem faz com quem mexe com mulher casada. Ou a gente corta o pinto ou a gente tira a vida'”. Depois disso, atirou na cabeça do Francisco e deu quatro tiros na mulher”, contou Marcelo.

Segundo a testemunha, o sargento alegava ter vídeos e mensagens que comprovavam o relacionamento extraconjugal da esposa com Francisco, mas nada foi apresentado no momento da discussão. “Foi à queima-roupa. Ele deu um tiro na cabeça e jorrou sangue. É um psicopata”, lamentou o companheiro do homem. Vizinhos relatam ter ouvido seis disparos de arma de fogo.

Francisco chegou a ser levado para o Instituto Hospital de Base do DF (IHBDF), mas teve a morte confirmada por volta das 23h20.  

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A tragédia ocorreu no Cruzeiro Novo
O autor do crime foi preso pela Polícia Militar após efetuar os disparos
Policiais chegaram ao local e encontraram duas vítimas. A mulher estava morta e o homem, baleado na cabeça. Francisco foi levado ao Instituto Hospital de Base (IHBDF), mas não resistiu
O crime ocorreu no Cruzeiro Novo, na noite de 12 de junho de 2019
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Juenil Bonfim de Queiroz matou a esposa e um vizinho

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A tragédia ocorreu no Cruzeiro Novo

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O autor do crime foi preso pela Polícia Militar após efetuar os disparos

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Policiais chegaram ao local e encontraram duas vítimas. A mulher estava morta e o homem, baleado na cabeça. Francisco foi levado ao Instituto Hospital de Base (IHBDF), mas não resistiu

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O crime ocorreu no Cruzeiro Novo, na noite de 12 de junho de 2019

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O homem foi preso pela Polícia Militar logo após o assassinato. De acordo com O tenente da Polícia Militar Leandro Santos, Queiroz estava muito exaltado. Ele se entregou e confessou o crime. “Quando a gente subiu para verificar o que ocorreu no apartamento, nos deparamos com duas vítimas. O homem que levou o tiro foi levado ao Hospital de Base, mas não resistiu. A mulher veio a óbito no local”, disse. O acusado foi encaminhado para a 5ª Delegacia de Polícia (área central).

De acordo com um filho do casal, a mãe já havia registrado boletim de ocorrência contra o marido por violência doméstica.

Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.

Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileira.

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