Justiça condena homem a 1.008 anos de prisão por estuprar enteada
Para chegar à pena, o juiz multiplicou os 16 anos de condenação pelas 63 vezes que a vítima teria sido abusada
atualizado
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A Justiça de Fernandópolis (SP) condenou Robson Gonçalves Mantovani a mais de mil anos de prisão por estuprar a enteada durante cinco anos. A decisão de janeiro ocorreu na primeira instância e, segundo o advogado, o réu já recorreu. As informações são da TV TEM.
Para chegar a 1.008 anos de prisão, o juiz multiplicou os 16 anos de condenação pelas 63 vezes – número estimado – que a vítima teria sido abusada. O réu já está preso.
Segundo o Ministério Público, Robson morava com a enteada e a mãe dela em um sítio em Bálsamo (SP). Os abusos sexuais só pararam quando a menina tinha 11 anos e a mãe rompeu o relacionamento com o homem. A tia materna foi a responsável por denunciar os abusos.
O advogado de defesa informou à TV TEM que não pode entrar em detalhes sobre a sentença porque o caso está em segredo de Justiça. Os ataques chegaram à Justiça em 2018, mas teriam começado em 2012.
Pena máxima
No Brasil, de acordo com o Código Penal, artigo 75, “o tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 anos”.
O juiz disse, na sentença, que essa pena influencia no benefício da progressão, que por vezes encurta o período que um condenado fica preso. Segundo ele, se a sentença for mantida nas instâncias superiores, ele deve cumprir os 30 anos na prisão.