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Jovem que pulou de carro para não ser estuprada: “Pior dia da minha vida”

Suspeito, que é motorista de app, se passou por loteiro no Paranoá para fazer a vítima entrar no veículo. Ele foi preso em flagrante

atualizado

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pernas machucadas
1 de 1 pernas machucadas - Foto: Reprodução/Facebook

A passageira que pulou do carro em movimento para não ser estuprada no Distrito Federal relatou publicamente, em sua página do Facebook, o drama que viveu ao aceitar pegar uma lotação pirata, em uma parada de ônibus do Paranoá, por volta das 12h40 desse domingo (17/05).

Em seu perfil, ela escreveu o alerta e diz que a pressa a fez viver o pior dia de sua vida. A mulher contou ainda que renasceu e chamou de monstro o acusado, que, segundo a Polícia Civil, trabalhava como motorista de aplicativo e se passava por loteiro.

“Por volta das 12h40, aceitei pegar lotação pirata. Como de costume e recomendações, sempre sento atrás. Minha burrice foi entrar, porque eu estava sozinha. Mas, enfim, a gente pensa que nunca acontece com a gente, só com os outros. Continuando a viagem, reparei que aquele homem não estava parando mais em nenhuma parada (monstro). Assim posso chamá-lo”, escreveu a vítima.

Veja as imagens dos machucados pós ela pular do veículo:

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Tentativa de estupro ocorreu no domingo
Vítima fez relato nas redes sociais
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Jovem pulou do carro em movimento

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Tentativa de estupro ocorreu no domingo

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Vítima fez relato nas redes sociais

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Mandei mensagem para a minha mãe dizendo que eu estava em uma lotação com um cara estranho. Quando eu ia enviar a localização em tempo real, esse cara entrou comigo para o meio de um matagal e disse: ‘Fica quietinha [sic]’. Eu só tive uma reação. Deus me deu forças para pular com o veículo em movimento”, ressaltou, na publicação.

Ela conseguiu fugir e pedir ajuda para uma família que passava de carro pela pista. Um motociclista também viu a movimentação e seguiu o acusado para conseguir anotar a placa do carro do homem.

“Deus mandou seus anjos na hora certa. Apesar dos machucados que doem muito, eu sou grata a Deus por ter me livrado daquele estuprador. Hoje, eu seria apenas mais uma vítima. Mais sei que o propósito de Deus é bem maior. Pelo amor de Deus, nunca deixe a pressa de vocês tomar conta. Espere sempre o ônibus. Hoje aconteceu comigo e, amanhã, pode ser com qualquer uma. Espere nem que seja uma hora. Melhor perder uma hora e chegar viva do que não chegar viva e a família ficar com essa dor para sempre”, desabafou.

Prisão

O homem foi preso nessa segunda-feira (18/05), por uma equipe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá). Ao Metrópoles, a delegada-chefe Jane Klébia afirmou que o suspeito buscou a vítima na parada de ônibus da cidade. “Ele é motorista de aplicativo, mas se ofereceu como loteiro. Quando ela entrou no carro, na parte de trás, ele saiu e disse que iria em direção à Rodoviária do Plano Piloto”.

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PCDF investigava o caso
6ª DP investiga o caso
Jane Klébia é uma das quatro deputadas mulheres eleitas para a CLDF no último dia 2 de outubro
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PCDF investigava o caso

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6ª DP investiga o caso

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Jane Klébia é uma das quatro deputadas mulheres eleitas para a CLDF no último dia 2 de outubro

Andre Borges/Esp. Metrópoles

O criminoso é morador do Riacho Fundo e foi reconhecido pela vítima na unidade policial. “Ela viu uma cicatriz que ele tinha no rosto e confirmou se tratar do autor”, disse a delegada.

Caso Marinésio

O modus operandi do motorista de app lembrou o do cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos, que confessou ter matado a advogada Letícia Sousa Curado, 26.

Letícia foi assassinada no dia 26 de agosto de 2019, em Planaltina. Ela desapareceu após sair de casa para ir ao trabalho, na Esplanada dos Ministérios. Marinésio a pegou na parada de ônibus e depois a estrangulou. O corpo da funcionária terceirizada do Ministério da Educação (MEC) foi achado dentro de manilha localizada às margens da DF-250, na mesma região.

Além de Letícia, o cozinheiro também confessou ter matado Genir Pereira de Sousa, 47. Desde que o caso envolvendo Letícia veio à tona, 17 outras mulheres ou familiares de desaparecidas procuraram a Polícia Civil do DF (PCDF) para denunciar Marinésio. Recentemente, ele foi condenado, pela primeira vez, a 10 anos de prisão por estupro de uma adolescente de 17 anos.

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