João de Deus é denunciado pela segunda vez por crimes sexuais
A nova denúncia envolve 13 vítimas de sete estados e do DF. Ele responderá por estupro de vulnerável e violência sexual mediante fraude
atualizado
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O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu nesta terça-feira (15/1) a segunda denúncia contra João Teixeira de Faria, o João de Deus, por crimes sexuais. A nova acusação abrange o testemunho de 13 vítimas de Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Maranhão, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e do Distrito Federal. O médium responderá pelos crimes de estupro de vulnerável e violência sexual mediante fraude.
Cinco casos estão prescritos, mas as mulheres farão parte do processo como testemunhas a fim de reforçar a forma de agir do médium. Segundo os promotores, em entrevista coletiva realizada na manhã desta terça, os casos aconteceram entre 1990 e 2018, quando as vítimas tinham entre 8 e 47 anos, na época dos fatos. Das cinco denúncias por crimes com validade judicial, quatro são de Goiás e uma de São Paulo.
Na denúncia foi apresentado, também, um novo pedido de prisão de João de Deus. A medida, segundo os promotores, visa preservar a integridade física e psicológica das vítimas, bem como evitar qualquer tipo de intimidação e represália, inclusive espiritual. Entre as provas juntadas, estão relatos, testemunhos, fotos, documentos, presentes e comprovantes de recebimento em espécie de benesses.
Até 10 de janeiro, o MPGO recebeu 688 contatos, tendo sido identificadas mais de 300 vítimas. “O trabalho da força-tarefa não se encerrou, temos uma série de relatos instruídos e oitivas já agendadas. Separamos os depoimentos em blocos e estamos analisando caso a caso aqueles que precisam de provas adicionais, mesmo nas ocorrências em que os crimes já estejam prescritos”, afirmou o coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, Luciano Meireles.
Também participaram da coletiva os promotores Gabriella de Queiroz, Paula Moraes e Augusto César Souza. O e-mail da força-tarefa é denuncias@mpgo.mp.br. (Com informações do Ministério Público de Goiás)
Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país. Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.