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Homem que espancou empresária já foi denunciado por agredir irmão

Vinicius foi acusado pelo próprio pai em 2016. O irmão é deficiente físico e a causa da agressão teria sido o suposto roubo de R$ 1.200

atualizado

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Vinicius Batista Serra agrediu covardemente empresaria no Rio de Janeiro
1 de 1 Vinicius Batista Serra agrediu covardemente empresaria no Rio de Janeiro - Foto: Reprodução

O estudante Vinícius Serra, 27 anos, responsável por espancar durante quatro horas seguidas a empresária Elaine Peres Caparroz, de 55, já foi denunciado uma vez pelo próprio pai, Zacarias Batista de Lima, depois de agredir o irmão que é deficiente físico. O caso aconteceu no ano de 2016. As informações são do jornal O Globo.

Segundo a queixa, Zacarias acordou ao som de gritos e, ao chegar no quarto que os filhos compartilhavam, Vinícius estava em cima do irmão aplicando golpes de jiu-jítsu. Ainda segundo o pai, a razão da agressão seria que o irmão de Vinícius teria pego R$ 1.200 que pertenceriam a ele. Por fim, o suposto dinheiro “roubado” estava em uma caixa de remédios que a mãe deles havia jogado no lixo.

O pai, então, desistiu da denúncia contra o filho. Antes contou que Vinícius andava “muito destemperado”.

Como atleta de jiu-jitsu, Vinicius frequentava uma academia na Lagoa (RJ) e chegou a conquistar o primeiro lugar na categoria meio-pesado.

O caso
A paisagista Elaine Caparróz, foi encontrada em seu apartamento desacordada, na Barra da Tijuca (RJ), na madrugada deste sábado (16/2). Ela estava com o rosto desfigurado.

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Elaine é empresária e ficou com rosto desfigurado
Vítima foi encontrada desacordada
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Elaine é empresária e ficou com rosto desfigurado

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Vítima foi encontrada desacordada

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Vinicius foi preso em flagrante após vizinhos acionarem PMs. Esta teria sido a primeira vez em que o agressor e a vítima se encontraram, no apartamento dela, depois de oito meses conversando pela internet. Na portaria, o homem forneceu outro nome ao acessar as dependências do edifício, identificando-se como Felipe.

“O estado que ela está é deplorável. Certamente vai precisar passar por cirurgias. Não sei como ela está viva”, relatou um amigo, que preferiu não se identificar. A vítima estava internada no Hospital Lourenço Jorge, mas foi transferida para uma unidade particular.

O Dia teve acesso ao boletim de ocorrência registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca). No documento, o delegado adjunto Rodrigo Freitas de Oliveira afirma que “pela gravidade das agressões e pela desproporcionalidade física, se [Vinícius] não desejava a morte da mesma, assumiu o risco de produzi-la”. Ainda de acordo com o investigador, o acusado tentou matar Elaine por “razões de condição de sexo feminino”, a qual o delegado considerou como violência doméstica e familiar.

Os amigos de Elaine creem que o crime foi premeditado. No boletim de ocorrência, o delegado afirmou que não há duvidas de que o homem cometeu as agressões. Vinícius Batista Serra teria justificado, aos investigadores, que o espancamento ocorreu após um surto psicótico sofrido por ele durante a madrugada.

Investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) estiveram na casa de Elaine e fizeram uma perícia. No pedido de prisão preventiva, o delegado afirma que Vinícius “é perigoso e é preciso que ele fique preso. Já que solto poderá atentar novamente contra a vida da vítima ou tentar atrapalhar as investigações”.

O agressor encontra-se em prisão preventiva.

Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país. Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

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