Homem que esfaqueou ex no DF é condenado a 29 anos e 6 meses de prisão
Além da pena pelo assassinato, o condenado pegará mais 1 ano e 4 meses de detenção, pelo crime de constrangimento mediante ameaça
atualizado
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O Tribunal do Júri de Santa Maria condenou Fábio Morais Campista a 29 anos e 6 meses de reclusão pelo homicídio triplamente qualificado cometido contra a ex-companheira Luciana Evangelista de Sousa. Além da pena pelo assassinato, o condenado pegará mais 1 ano e 4 meses de detenção, pelo crime de constrangimento mediante ameaça.
De acordo com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Fábio esfaqueou a ex-companheira até a morte. No dia 19 de novembro de 2017, em Santa Maria, ele teria ido até a casa de uma amiga de Luciana, onde a vítima estava, pulado o muro, arrombado a porta e a atacado, conforme a denúncia.
A vítima chegou a ser atendida pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos. Ainda de acordo com os promotores, Fábio também havia ameaçado amigos de Luciana com duas facas para que eles informassem onde a mulher estava.
Durante o julgamento, os jurados aceitaram as qualificadoras de motivo torpe, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. (Com informações do MPDFT)
Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país. Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.