Homem não aceita novo relacionamento da ex e a mata a facadas no DF
Vizinhos chegaram a socorrer a mulher e levá-la ao Hospital Regional do Paranoá (HRPa), mas ela não resistiu aos ferimentos
atualizado
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Uma mulher foi morta nesta quinta-feira (12/09/2019) com pelo menos duas facadas. Jhonnatan Neto, 36 anos, segundo informações da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), é o suspeito de ter assassinado a ex-companheira Lilian Cristina da Silva Nunes, 25. O homem não aceitava o novo relacionamento da jovem. O crime aconteceu no Núcleo Rural Boqueirão, às 8h50.
O caso é investigado como feminicídio. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública no DF, de janeiro a agosto deste ano, foram registrados 19 feminicídios na capital do país.
De acordo com as investigações, o casal, embora separado, residia na mesma casa. O agressor não teria aceitado o fato de o novo namorado da mulher passar a noite com Lilian. Assim, logo pela manhã, Jhonnatan a abordou, brigou com ela e desferiu os golpes na perna e nas costas.
Um agente penitenciário que estava no local conteve o homem fazendo dois disparos para cima. Ele a levou ao Hospital Regional do Paranoá (HRPa) no próprio carro, mas ela não resistiu aos ferimentos. Em seguida, o agente retornou à chácara do crime e conduziu o assassino à delegacia. Jhonnatan foi autuado em flagrante.
Em seu depoimento, o homem confessou o crime. Disse que ficou preso sete anos por roubo e teria conhecido Lilian há cerca de um ano. Mas, segundo o agressor, eles ficaram juntos por apenas quatro meses. Pontuou ainda que, há 15 dias, terminaram o relacionamento.
Neste 2019, o Metrópoles iniciou um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.
Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.