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Homem mata mulher após briga por causa de barulho de sanfona

O caso ocorreu em Lavras, no sul de Minas Gerais. A vítima foi morta a facadas e golpes de madeira na cabeça

atualizado

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1 de 1 Irene2 - Foto: Reprodução/Facebook

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga mais um feminicídio. Desta vez, ocorrido em Lavras, no sul do estado. A vítima é uma mulher de 52 anos, morta pelo próprio marido dentro da residência onde o casal vivia. Irene Aparecida Borges (foto em destaque) foi assassinada a golpes de pedaços de madeira e facas.

O crime aconteceu por volta de 20h30 desse domingo (13/07/2019). O acusado, de 64 anos, foi preso em flagrante. Ele disse, em depoimento, que atirou um banco contra a cabeça de Irene durante uma briga. Afirmou que a confusão começou no momento em que passou a tocar sanfona em casa. A mulher teria se sentido incomodada porque queria assistir TV, segundo informações do Extra.

Ele contou ainda aos policiais que, após ficar irritada com o barulho, Irene teria pegado uma faca e, em determinado momento, “para se defender”, o suspeito atirou o banco de madeira contra ela, em “legítima defesa”. Ele, segundo a polícia mineira, reconheceu a desproporcionalidade de seu golpe quando confessou o crime.

Após matar Irene, segundo consta o boletim de ocorrência, o homem, que não teve a identidade divulgada, saiu de casa e contou o que fez para um vizinho. A Polícia Militar foi, então, acionada por volta das 20h30. Quando os PMs chegaram ao local, encontraram o autor e, no interior da residência, o corpo da mulher caído ao chão.

A filha da vítima disse que a mãe já havia sido agredida pelo marido, mas não chegou a registrar ocorrência. O homem não tinha passagens pela polícia. Estava desempregado e, segundo os investigadores, tinha ciúmes pelo fato de Irene trabalhar em uma universidade da cidade.

Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.

Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

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