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Homem mata companheira e esconde corpo em tubulação de esgoto no DF

Polícia foi até a residência do casal e encontrou escrito na parede a seguinte frase: “Culpado. Foi ele quem me matou”

atualizado

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A Polícia Civil desvendou um crime bárbaro nesta terça-feira (14/05/2019). Henrique Farley Carneiro de Almeida, 36 anos, matou a companheira a facadas e escondeu o corpo na tubulação de esgoto em Taguatinga, chácara Santa Luzia.

De acordo com informações do delegado Luiz Alexandre Gratão, da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), a mulher de 29 anos foi esfaqueada em casa. Após o assassinato, o suspeito teria colocado o corpo de Maria de Jesus do Nascimento Lima num carrinho de compras e o jogado em uma manilha que dá acesso à rede de esgotamento sanitário.

Após receber denúncia sobre a existência de um corpo na tubulação, feita por funcionários da Caesb, e identificar a vítima, os policiais foram até a residência do casal e encontraram escrito na parede, de caneta esferográfica azul, a seguinte frase: “Culpado. Foi ele quem me matou”.

De acordo com o delegado, o autor do crime agredia constantemente a companheira. Vizinhos relatam que o relacionamento era conturbado.

A própria vítima já havia registrado três ocorrências de violência doméstica (Lei Maria da Penha). A última foi feita em 27/04/2019. Segundo relatos da mulher, o companheiro disse que o próximo feminicídio no DF seria o dela. na ocasição, ela contou que gostava de Henrique e, por isso, sempre voltava para ele. Mas admitiu ser vítima de agressões. “Ele me xingou de vagabunda e demônio”, relatou.

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Cena do crime
Mulher escreveu que odiava o companheiro
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Mensagem encontrada pela Polícia Civil

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Cena do crime

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Mulher escreveu que odiava o companheiro

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Casa Abrigo
Segundo a PCDF, a mulher recusava pedir medidas protetivas contra o companheiro. Entretanto, na última vez, teria solicitado ir para uma casa abrigo. O pedido foi negado uma fez que a mulher já tinha passado pelo local e não cumprido as regras para ficar na casa.

Após ser confrontado com as provas, ele teria confessado o crime. A faca utilizada foi apreendida. O envolvido foi autuado em flagrante por ocultação de cadáver e será indiciado por feminicídio.

Apenas neste ano, 12 mulheres foram vítimas de feminicídio no DF. Em outros 42 casos, os agressores tentaram matar suas companheiras ou ex.

O penúltimo caso de feminicídio foi registrado no dia 9 de maio. Após 14 dias internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Cácia Regina Pereira da Silva, 47, perdeu a batalha pela vida. Em 25 de abril, ela foi vítima de um crime brutal. O ex-marido invadiu a casa dela, em Sobradinho, e jogou ácido no rosto e no corpo da mulher.

Câmeras de segurança registraram o momento em que o ex-vigilante Júlio César dos Santos Villa Nova, 55, entra no local onde cometeu o crime. Após jogar ácido sulfúrico nos olhos de Cácia, ele sacou um revólver, mas a arma falhou.

Nas imagens, Cácia sai correndo na rua, em busca de ajuda, após o ataque. Júlio tirou a própria vida após agredir a ex-esposa e usou a mesma arma, que não falhou, quando ele apertou o gatilho no ouvido.

 

Neste 2019, o Metrópoles iniciou um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.

Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

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