Homem atira na cabeça da ex-mulher em rodovia no DF
Vítima estava no carro com o irmão e era perseguida pelo ex-companheiro, em outro veículo, que fechou o automóvel e desceu atirando
atualizado
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Uma mulher ficou gravemente ferida após levar um tiro na cabeça, disparado pelo ex-marido com uma arma de pressão. O caso ocorreu na tarde desta segunda-feira (4/2), próximo aos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), na DF-001, sentido BR-040. O homem foi preso pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) no Park Way, depois de tentativa de fuga.
No veículo do atirador, os militares encontraram a munição da arma – uma pistola de ar tipo airsoft –, carregadores com chumbinho, uma identidade falsa e um machado. Chamou atenção uma peruca loira, a qual ele confessou que usaria para se disfarçar e despistar as autoridades.
Segundo a PM, a mulher, identificada como Elisângela Andrade de Oliveira Santana, 39 anos, caiu no chão após ser atingida e precisou ser socorrida de helicóptero. O Corpo de Bombeiros foi acionado e levou a vítima na aeronave até o Instituto Hospital de Base (IHBDF).
O irmão dela, Eliezer Souza de Oliveira, também foi atingido, com um tiro no braço esquerdo, mas a polícia não informou para que unidade de saúde ele foi levado nem a gravidade do ferimento.
O agressor, Romeu Santana, 58, foi detido por tentativa de feminicídio e seguiu em viatura da PM até a 20ª Delegacia de Polícia (Gama). Ele chegou a manobrar o carro, invadir a contramão e trafegar pelo canteiro central durante a fuga. Em um vídeo cedido pela PM, é possível ver que uma carreta quase atinge a caminhonete do suspeito.
De acordo com relato da mulher à Polícia Militar, ela e o agressor foram casados por 19 anos e têm dois filhos: uma de 17, outro de 12. Eles se separaram em 2018. Em outubro, o homem teria tentado matá-la a facadas.
Veja o carro na contramão:
Veja imagens do suspeito preso:
Neste 2019, o Metrópoles iniciou um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.
Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.
