Homem agride companheira no ES e diz que seria “pior do que o Lázaro”

Um eletricista, de 30 anos, foi preso depois de agredir a companheira em Cariacica, município do Espírito Santo. A vítima, de 40 anos, contou que o homem quebrou um prato para agredi-la e pisou nela. O suspeito foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana na manhã desta terça-feira (29/6).

“Ele chegou a falar que seria pior do que o Lázaro e aí começou a fazer gestos, ajoelhar, falando que ele era umas coisas que eu não conheço. Aí gritou assim: ‘Você duvida?’ Eu falei que não e dei uma risada. Com isso, começaram as agressões. Não teve um motivo”, relata a mulher.

A vítima, que é técnica de enfermagem, passou por agressões durante duas horas, o que deixou marcas em seu pescoço, braços e outras partes do corpo. Segundo o jornal Folha Vitória, a mulher achou que não fosse sobreviver.

“Se não fosse a chegada da polícia, eu estaria morta. Ele bateu, deu socos, chutes, puxão de cabelo, tapa na cara. Ele dava um tempo, parava e pedia perdão. Aí, depois, começava de novo. Eu fiquei mais ou menos duas horas lutando com ele até perder as forças e alguém chamar a polícia”, conta ela.

O pai da técnica de enfermagem acionou a Polícia Militar do estado, depois de ouvir gritos na residência. Os militares encontraram a vítima extremamente machucada e desmaiada em cima da cama.

Ação policial

As ameaças não pararam quando os policiais chegaram no local e o suspeito foi contido depois de acionarem reforço. O eletricista foi encaminhado para o Plantão Especializado da Mulher, na capital do estado, onde continuou com o comportamento agressivo.

No local, ele chutou cadeiras e se jogou contra a parede, fazendo com que os policiais utilizassem duas algemas. Mesmo assim, o suspeito conseguiu danificar uma delas e foi preciso que o Corpo de Bombeiros fosse acionado para fazer a retirada.

“Mesmo algemado, ele queria me bater na frente dos policiais. Quebrou armário, alguns objetos e quebrou a viatura. Quando os policiais chegaram, ele estava apertando meu pescoço e eu perdi um pouco da consciência. Já estava desfalecendo.”

O casal teve um relacionamento durante oito meses e a vítima confirmou já ter sido agredida anteriormente. Assim, faz um pedido para outras mulheres que também passam por essa situação.

“Eu sofri outras agressões. Ele chegava do trabalho, era uma pessoa aparentemente normal, mas do nada mudava. Eu não chamei a polícia, até porque não tinha condições, mas vocês, mulheres que estão sofrendo dentro de casa, não fiquem dentro de casa. Pensem nas consequências. Eu tive sorte, mas poderia não estar aqui”, suplica.

A Polícia Civil afirmou que ele foi autuado em flagrante pelos crimes de lesão corporal, dano ao patrimônio e resistência.