“Guerreira”, diz Rayron Gracie em foto abraçado com a mãe no hospital
Elaine Caparroz foi brutalmente espancada durante quatro horas seguidas pelo também lutador de jiu-jitsu Vinicius Serra, de 27 anos
atualizado
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O lutador de jiu-jitsu Rayron Gracie publicou nesta terça-feira (19/2), em seu perfil do Instagram, uma foto abraçando a mãe, a empresária e paisagista Elaine Caparróz. A mulher foi brutalmente espancada por quase quatro horas pelo também lutador de jiu-jitsu Vinícius Serra, no último sábado (16). O agressor está preso.
Além dessa publicação, Rayron postou, também em seu Instagram, outra foto com a mãe antes da agressão. Na legenda, ele diz “te amo, mãe!”.
A lutadora de jiu-jitsu Kyra Gracie, amiga e ex-cunhada da vítima, fez um desabafo nas redes sociais sobre o episódio. Confira:
O crime
O agressor e Elaine estavam conversando pela internet já há 8 meses e aquele era o primeiro encontro do novo casal. Porteiros do condomínio onde a agressão aconteceu informaram que Vinícius deu um nome falso ao entrar no prédio: se identificou como Felipe, dando a entender que o crime foi premeditado.
Ele teria justificado, aos investigadores, que o espancamento ocorreu após um surto psicótico sofrido por ele durante a madrugada.
No pedido de prisão preventiva, o delegado afirma que Vinícius “é perigoso e é preciso que ele fique preso. Já que solto poderá atentar novamente contra a vida da vítima ou tentar atrapalhar as investigações”. Já Elaine encontra-se estável, em um Centro de Terapia Intensivo (CTI), e fora de risco de cirurgia emergencial.
Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país. Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.