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“Executou friamente”, diz delegado sobre feminicídio de professora aposentada no DF

Familiares da vítima dizem que Geovane Geraldo era agressivo. PCDF investiga como o homem entrou no condomínio, em Sobradinho

atualizado

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Arquivo Pessoal
Marley de Barcelos Dias, vítima de feminicídio no DF
1 de 1 Marley de Barcelos Dias, vítima de feminicídio no DF - Foto: Arquivo Pessoal

O ex-marido da professora aposentada Marley de Barcelos Dias, 54 anos, morta nesta terça-feira (12/1) no Condomínio Império do Nobres, em Sobradinho, premeditou o crime. Armado, Geovane Geraldo Mendes da Cunha invadiu a casa onde morava a mulher e abriu fogo contra ela. O acusado fugiu e se matou em seguida, após perseguição policial em Goiás.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apura como o suspeito entrou no condomínio durante a madrugada, uma vez que havia uma recomendação de restrição de acesso dele nas dependências do residencial. “Estava impedido, vetado. E, ainda assim, ele entrou sem nenhuma dificuldade”, ressaltou o delegado da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), Hudson Maldonado, à frente do caso.

Para o delegado, o crime foi premeditado. “Executou a vítima friamente. Segundo os familiares, ele era uma pessoa agressiva, autoritária e tinha problemas com o fim do relacionamento”, disse. Marley tinha medida protetiva contra Geovane desde maio de 2020, quando se separou do então companheiro. Ela também já havia o denunciado por injúria, ameaça e perturbação da tranquilidade. A primeira ocorrência é de 2014.

“Nós estamos verificando como que ele conseguiu entrar nesse condomínio. Um condomínio que tem uma guarita reforçada, entrada que só se dá mediante autorização ou passagem de cartão […] Mas, obtivemos informação de que ele entrou sem nenhuma dificuldade”, comentou.

Aos investigadores, familiares confirmaram que o suspeito era uma pessoa “agressiva”. “A família alega que ele realmente era difícil, conflituoso, autoritário”, descreveu o delegado. “É importante frisar que não houve nenhuma informação de descumprimento de medida protetiva neste período, chegando para a nossa infeliz surpresa a notícia de que já havia se consumado o crime de feminicídio”, destacou Maldonado.

A polícia investiga se Geovane entrou no condomínio usando o cartão de entrada da vítima ou se houve falha na portaria. “Vamos verificar agora o que, de fato, ocorreu e ocasionou a entrada dele no condomínio. Sabemos que ele pulou o muro da residência, mas a entrada dele no condomínio temos que ver como se deu. Ele chegou no carro da irmã dele e saiu no carro da vítima”, pontuou.

A PCDF apura ainda como o homem adquiriu a arma de fogo.

 

8 imagens
Geovane Geraldo Mendes da Cunha se matou em seguida
Homem fugiu no carro da vítima e acabou se matando após ser alcançado pela polícia de Goiás
Autor de feminicídio foi cercado pela polícia de Goiás
Autor foi perseguido pela polícia e se matou
Criminoso é ex-companheiro da vítima
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Marley de Barcelos

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Geovane Geraldo Mendes da Cunha se matou em seguida

Reprodução
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Homem fugiu no carro da vítima e acabou se matando após ser alcançado pela polícia de Goiás

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Autor de feminicídio foi cercado pela polícia de Goiás

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Autor foi perseguido pela polícia e se matou

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Criminoso é ex-companheiro da vítima

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Império dos Nobres, em Sobradinho

Divulgação/Paranoazinho
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O delegado Hudson Maldonado em coletiva de imprensa

Rafaela Felicciano/Metrópoles

O filho de Marley viu o momento em que a mãe foi atingida por três disparos de arma de fogo na casa da família. De acordo com o jovem, de 23 anos, houve um princípio de discussão. O rapaz ouviu o barulho e pegou uma moringa de vidro para se defender, momento em que o suspeito fez um disparo à queima-roupa contra a vítima. Marley caiu na cozinha da casa e, logo em seguida, o suspeito disparou mais duas vezes contra ela.

A mulher sofreu perfuração de arma de fogo na região torácica e não apresentava sinais vitais quando os bombeiros chegaram à residência onde ocorreu o crime.

Geovane Cunha trabalhava na Companhia Energética de Brasília (CEB).

Este foi o segundo caso de feminicídio no DF em quatro dias. Por volta das 21h de sexta-feira (8/1), no Conjunto D da QNN 3, em Ceilândia, Isabel Ferreira Alves, 37 anos, também foi assassinada e se tornou a primeira vítima de violência gênero este ano no DF.

Veja o vídeo do delegado explicando o caso:

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