Entorno: rapaz que matou estudante em escola é condenado
Misael Olair pegou 24 anos de prisão pelo crime ocorrido em Alexânia. Ele confessou que nutria ódio por Raphaella, por ter sido rejeitado
atualizado
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Misael Pereira Olair, 22 anos, assassino confesso da estudante Raphaella Noviski, 16, em Alexânia (GO), foi condenado a 24 anos e cinco meses de prisão em regime fechado. O crime ocorreu em novembro de 2017. À época, o acusado pulou o muro da escola onde a vítima estudava, efetuou 11 tiros à queima-roupa no rosto da adolescente. Em depoimento, ele confirmou que planejava o crime havia um ano, que sentia ódio da adolescente por ter sido rejeitado por ela e que sua vida girava em torno da menina.
Na sentença, o juiz Fernando Augusto Chacha Rezende destacou que o “homicídio foi premeditado e consumado em pleno horário de aula e, assim, na frente de todos os colegas de turma abalando, com isso, o próprio funcionamento do ambiente escolar diante da lembrança por tempo indeterminado e imensurável de todos na escola.”
O jovem foi condenado por homicídio qualificado (motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, e feminicídio). Misael também terá de pagar indenização de R$ 150 mil para a família da adolescente por danos morais.
Obsessão
Pelos relatos, Misael nutria uma verdadeira obsessão pela jovem estudante do 9º ano do ensino fundamental da Escola Estadual 13 de Maio, de Alexânia.
O assassino confesso de Raphaella relatou ter conhecido a menina cinco anos antes do crime em uma lan house. Logo depois, começou a ter contato com ela pelas redes sociais. A partir daí, começaram as investidas dele, que não eram correspondidas pela menina.
Misael disse que, no aniversário de Raphaella, em 2016, levou um colar para a adolescente. Mas ela não aceitou. Em junho, teria ocorrido um fato ainda mais grave, o qual ele não quis relatar para a delegada, e, a partir disso, seu ódio aumentou.
Confira o depoimento de Misael à polícia:
“Está preparada?”
Em outubro de 2016, Misael abandonou o terceiro ano do ensino médio no Colégio Estadual 13 de Maio, faltando dois meses para a formatura. Uma professora do colégio o teria procurado para que terminasse o curso, mas ele disse que não voltaria por causa de Raphaella.
No dia em que matou Raphaella, ele ligou para a estudante e perguntou: “Está preparada?”. Pouco depois, tirou a vida da menina descrita pelos parentes como estudiosa, meiga e religiosa.