DF: Polícia Civil recebe 4ª denúncia contra homem que matou Pedrolina
Uma mulher que afirma ter sido vítima de João Marcos Vassalo da Silva Pereira irá prestar depoimento na 1ª DP
atualizado
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Após a divulgação das fotos do assassino confesso da auxiliar de serviços gerais Pedrolina Silva, 50 anos, cresce o número de mulheres que procuram a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), responsável pelo caso, para denunciar João Marcos Vassalo da Silva Pereira (foto em destaque), 20. Uma nova denunciante será ouvida pela unidade policial. Ela seria a quarta mulher atacada por Vassalo, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.
A enfermeira de 32 anos iria nesta sexta-feira (06/09/2019) à DP, mas não compareceu. Ela será intimada a comparecer na segunda (09/09/2019). A mulher também teria sido abordada em uma parada de ônibus, no Lago Sul, no início da tarde de terça-feira (03/09/2019), dia em que Vassalo acabou preso. A mulher contou que foi agarrada por trás e o agressor só não conseguiu arrastá-la porque um ônibus passou e ela conseguiu embarcar e fugir.
Nessa quinta (05/09/2019), uma adolescente de 16 anos o reconheceu por tentativa de estupro. Ela contou que a abordagem teria ocorrido também na terça, horas antes de João Marcos tentar cometer violência sexual contra outra vítima, de 18 anos, na QI 29 do Lago Sul.
Segundo o relato da adolescente, João Marcos a abordou em uma parada de ônibus próximo ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e teria dito que a violentaria. No momento do assédio, um ônibus passava, ela fez sinal e conseguiu embarcar e escapar ilesa. O agressor tentou entrar no veículo, mas foi impedido pelo motorista do coletivo.
Assim que o ônibus partiu com a adolescente, Vassalo passou a perambular pelo Lago Sul até encontrar outra mulher na QI 29. Ele a pegou pelo braço e a arrastou em direção a um matagal ao fundo da Estrada Parque Dom Bosco (EPDB), mas a vítima conseguiu se desvencilhar e bater nele com a tampa de uma caixa térmica.
Ela correu em direção à pista e pediu ajuda a dois homens que passavam pela via. Um deles correu atrás de João Marcos Vassalo, enquanto o outro se dirigiu ao posto da Polícia Militar mais próximo.
Vassalo foi preso em flagrante por uma equipe da PM. Até então, o corpo de Pedrolina permanecia desaparecido. Assim que a Polícia Civil localizou o cadáver, começaram a juntar os pontos e decidiram interrogar o homem, que confessou ter estuprado a vítima, que era funcionária de uma farmácia em Taguatinga, e a matado para encobrir o crime de estupro.
Desaparecimento e morte
Em depoimento, Vassalo disse ter matado Pedrolina por estrangulamento, mas os peritos constataram que a morte foi causada por esgorjamento – um corte de arma branca na parte da frente do pescoço. “João Vassalo também era morador do Paranoá Parque e, por diversas vezes, teria assediado Pedrolina. Nós vamos investigar essa relação e ele poderá responder por feminicídio”, explicou Bruna Eiras, delegada cartorária da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).
Segundo Bruna, que investiga o caso, o assassino confesso de Pedrolina já teria assediado a vítima por diversas vezes, mas ela sempre recusou qualquer aproximação. Chegou a dizer que tinha medo dele. Uma testemunha contou à PCDF que João Marcos já havia dito que “se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém”.
Família destroçada
A cunhada de Pedrolina, Ivanete de Sena Cavalcante, comunicou à Polícia Civil que uma amiga havia conseguido rastrear o celular da vítima. A localização do aparelho constava no Lago Paranoá. Pedrolina desapareceu na manhã de domingo (01/09/2019), quando saiu de casa, no Paranoá Parque, tomou um ônibus e desceu na parada perto do Centro Universitário (Unieuro), na L4 Sul. Ela aguardava uma amiga que a buscaria de carro. As duas seguiriam para um clube no Setor de Clubes do Sul.
Câmeras de segurança da faculdade particular flagraram o momento em que João Marcos Vassalo aparece correndo, sobe um barranco em direção ao ponto e agarra Pedrolina. Ela tenta se desvencilhar, mas é arrastada para um matagal.
As buscas foram encerradas na tarde de terça-feira (03/09/2019), após agentes da Polícia Civil encontrarem o corpo de Pedrolina em um matagal. Ela vestia apenas calcinha e uma camiseta listrada manchada de sangue. Uma revista pornô foi localizada perto do cadáver. Tais informações reforçam a suspeita de que ela pode ter sido vítima de violência sexual, o que só será confirmado com o laudo do Instituto Médico Legal (IML).